
São Paulo — InkDesign News — O governo dos Estados Unidos poderia adquirir uma participação acionária de 10% na Intel em troca de fundos adicionais da Lei CHIPS, conforme declarado pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick, em uma entrevista à CNBC. Essa proposta levanta questionamentos sobre a competitividade da Intel frente a competidores internacionais, como a TSMC, que dominam o setor de fabricação de chips.
Contexto e lançamento
A Lei CHIPS, aprovada com apoio bipartidário em 2022, destinou US$ 39 bilhões em subsídios para estimular a fabricação de chips nos EUA e competir melhor com a China. A legislação provou-se controversa, pois grande parte do financiamento foi direcionada a empresas já bem estabelecidas. Lutnick criticou os termos anteriores da lei, sugerindo que a abordagem do ex-presidente Trump, que demanda participação acionária para qualquer investimento, seria mais benéfica para os contribuintes americanos.
Design e especificações
Atualmente, a Intel enfrenta desafios significativos, incluindo um corte de 15% na força de trabalho para aliviar sua situação financeira. A proposta de transformar quase US$ 11 bilhões em subsídios da Lei CHIPS em participação acionária significaria uma das maiores intervenções do governo na indústria privada desde a crise financeira de 2008. Lutnick enfatizou que a nova abordagem visa assegurar que os contribuintes obtenham um retorno sobre o investimento.
Repercussão e aplicações
A proposta gerou reações diversas entre analistas e investidores, refletindo preocupações sobre a intervenção do governo nas operações privadas. Lutnick, por sua vez, afirmou que “o governo estaria apenas convertendo o que era uma doação sob Biden em ações”. A possibilidade de o governo participar das decisões estratégicas da Intel levanta preocupações, já que uma “ação dourada” poderia ser implementada, permitindo ao governo vetar decisões corporativas importantes.
A conversão de subsídios em ações é uma mudança significativa que poderia influenciar a dinâmica do setor.
(“Turning $10.86 billion in grants for Intel into equity would be one of the largest U.S. government interventions into private industry since the 2008 financial crisis.”)— Howard Lutnick, Secretário de Comércio, EUA
O impacto cultural e prático desta proposta continua a ser debatido, especialmente considerando o temor de que a dependência do governo possa dificultar a competitividade da Intel. Muitos analistas notaram que essa abordagem, embora promissora em termos de participação do contribuinte, precisa garantir que a empresa continue inovando e se adaptando às exigências do mercado.
As empresas não devem ser apenas dependentes de subsídios governamentais para sobreviver.
(“Politicians don’t like to preside over plant closures or employee layoffs.”)— Wall Street Journal
Ao olhar para o futuro, as decisões que o governo tomará em relação à Intel poderão definir não só a trajetória da empresa, mas também influenciar o mercado de tecnologia como um todo, especialmente em um momento em que a importância da fabricação de chips está em ascensão.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)