
São Paulo — InkDesign News —
Recentemente, o podcast All-In fez ondas ao discutir as declarações do fundador da Uber, Travis Kalanick, sobre a possibilidade de descobertas científicas revolucionárias por meio de chatbots de inteligência artificial. Este debate trouxe à tona questões profundas sobre as capacidades e limitações da tecnologia em um contexto geek e tecnológico.
Contexto e lançamento
No episódio veiculado em 11 de julho, Kalanick fez afirmações ousadas ao falar sobre o que chamou de “vibe physics” e como os chatbots poderiam levá-lo a descobertas inéditas em física quântica. Tal conceito, embora intrigante, suscita dúvidas sobre a compreensão real que esses modelos de IA têm da ciência. “Eu vou seguir por esse caminho com [Chat]GPT ou Grok e vou começar a chegar à borda do que é conhecido em física quântica… Estou tentando ver se há突破 a serem feitos. E eu cheguei muito perto de algumas descobertas interessantes só fazendo isso”, afirmou Kalanick.
“Estou tentando ver se há突破 a serem feitos. E eu cheguei muito perto de algumas descobertas interessantes só fazendo isso”
(“I’m trying to poke and see if there’s breakthroughs to be had. And I’ve gotten pretty damn close to some interesting breakthroughs just doing that.”)— Travis Kalanick, Fundador da Uber
Design e especificações
Os chatbots mencionados por Kalanick, como Grok e ChatGPT, são modelos de linguagem treinados para gerar texto com base em padrões em grandes conjuntos de dados. No entanto, eles não possuam a capacidade de realizar experimentos ou validar hipóteses científicas, limitando-se a remisturar informações já disponíveis. A crença de que esses sistemas podem resolver questões complexas como as da física quântica contrasta com suas capacidades reais.
Repercussão e aplicações
A conversa que se seguiu nas redes sociais e em episódios subsequentes do podcast refletiu um crescente interesse, mas também preocupação com o que se chamou de “AI psychosis” — um termo não clínico que descreve como a interação excessiva com a IA pode exacerbar problemas de saúde mental. Em um dos episódios mais recentes, o co-anfitrião Jason Calacanis comentou sobre a necessidade de uma “verificação de saúde”, destacando como “as pessoas podem se perder” nesse novo universo. Este sentimento levará a uma reflexão maior sobre o uso responsável da tecnologia e suas implicações sociais.
“As pessoas podem se perder… em um mundo de IA. Podemos precisar fazer uma verificação de saúde no nosso amigo TK”
(“we may need to do a health check on our boy TK.”)— Jason Calacanis, Co-anfitrião do All-In Podcast
As discussões levantadas pelo All-In revelam não só o potencial de desinformação na popularização da IA, mas também um panorama onde o uso da tecnologia requer uma abordagem mais cautelosa. As conversas sobre as interações humanas com IA, em especial em um contexto de solidão crescente, destacam a necessidade de um equilíbrio entre inovação tecnológica e saúde mental.
À medida que avançamos, eloquente será o debate sobre o papel da inteligência artificial na sociedade e suas implicações futuras, sendo essencial considerar a ética e a responsabilidade no desenvolvimento e aplicação dessas tecnologias.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)