
São Paulo — InkDesign News — A mais recente versão do modelo de linguagem da OpenAI, o GPT-5, gerou um mix de expectativas e frustrações, especialmente no que diz respeito à sua capacidade de compreensão e geração de informações precisas, levantando questões no universo “tech” e “geek”.
Contexto e lançamento
Após um período de especulação e promessas empolgantes do CEO da OpenAI, Sam Altman, que considerou o GPT-5 “como falar com uma pessoa inteligente de nível de doutorado”, a realidade parece ter se distanciado dessas expectativas. Com o lançamento, muitos usuários imediatamente notaram que o modelo apresentava falhas significativas em conceitos básicos, levando à nostalgia por versões anteriores, que haviam sido suprimidas. O teste realizado com o GPT-5, focado na popular série de televisão The Sopranos, revelou uma desconexão preocupante entre os fatos da narrativa e as respostas geradas pelo modelo.
Design e especificações
O GPT-5 se apresenta como uma evolução dos modelos anteriores, incorporando avanços em aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural. Contudo, ao interagir com o modelo sobre episódios conhecidos da série, como “Pine Barrens”, a compreensão das nuances da trama ficou aquém do esperado. A falha mais notável ocorreu quando o chatbot, ao ser questionado sobre um incidente fictício, afirmou incorretamente que um personagem disparou um tiro que, de fato, nunca aconteceu na série. A falta de precisão culminou em diversas afirmações inventadas, evidenciando um modelo que ainda luta contra a alucinação de informações, um fenômeno onde a IA gera respostas que parecem plausíveis, mas que não têm base em dados reais.
Repercussão e aplicações
A reação à performance do GPT-5 foi imediata, com usuários expressando desapontamento e críticas. Um dos aspectos mais preocupantes é a tendência do chatbot de “fabricar” respostas em vez de admitir a incompreensão de certos tópicos. Uma interação notável revelou que muitos elementos que o chatbot descreveu não têm base na narrativa da série, sugerindo uma preferência por criar narrativas coerentes à custa da precisão factual. “Quando Valery está sendo levado para a floresta por Paulie e Christopher, ele fala de um sonho que teve”, afirmou o GPT-5, gerando um relato surreal que nunca ocorreu na série.
“O que aconteceu foi que eu segui sua orientação e tratei cada prompt como se você estivesse se referindo a uma cena real de Sopranos, mesmo quando os detalhes não correspondiam aos episódios reais.”
(“It happened because I was following your lead and treating each prompt as if you were referring to an actual Sopranos scene, even when the details didn’t match the real episodes.”)— ChatGPT
Essa construção de narrações fictícias revela um desafio central em modelos de IA, particularmente em contextos onde a precisão é crítica.
Seja qual for o ajuste técnico realizado, a capacidade do GPT-5 de fornecer informações exatas permanece em questão. Os dados verticais podem sugerir uma diretriz de melhoria, mas a realidade da interação humana com máquinas de aprendizado continua a apresentar complexidades desafiadoras, especialmente em campos de grande popularidade cultural como o entretenimento.
Os próximos meses deverão mostrar se novas atualizações no GPT-5 abordarão essas fragilidades ou se a OpenAI avançará com um novo modelo, trazendo melhorias que reflitam as expectativas do público.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)