
São Paulo — InkDesign News — O Telescópio Espacial Hubble da NASA e da ESA revelou uma nova imagem da galáxia espiral NGC 2835, a cerca de 35 milhões de anos-luz de distância. A descoberta destaca características astronômicas relevantes da galáxia e contribui para o entendimento das regiões de formação estelar.
Contexto da descoberta
NGC 2835, também conhecida como ESO 564-35, LEDA 26259 e UGCA 157, possui aproximadamente 65.000 anos-luz de diâmetro, o que representa mais da metade do tamanho da Via Láctea. Descoberta pelo astrônomo alemão Wilhelm Tempel em 13 de abril de 1884, a galáxia é o membro principal de um pequeno grupo que inclui outras duas galáxias.
Métodos e resultados
A nova imagem incorporou dados recentes do Hubble que capturam um comprimento de onda específico da luz vermelha chamado H-alfa. Isso permitiu a identificação de regiões com intensa emissão H-alfa ao longo dos braços espirais da NGC 2835, onde surgem várias nebulosas brilhantes e avermelhadas, descritas como “flores em flor” em uma das avaliações.
“As regiões que brilham na emissão de H-alfa estão associadas a diversos tipos de nebulosas que surgem em diferentes estágios da vida de uma estrela.
(“The regions that are bright in H-alpha emission are associated with several types of nebulae that arise during different stages of a star’s life.”)— R. Chandar, Astrônomo, PHANGS-HST Team
As observações abrangem um grupo de 19 galáxias próximas, visando identificar mais de 50.000 nebulosas. Esse esforço pode contribuir significativamente para entender como as estrelas influenciam seu ambiente local através de intensa luz estelar e ventos cósmicos.
Implicações e próximos passos
Os dados obtidos com a nova imagem poderão ajudar a elucidar a relação entre a formação estelar e a evolução galáctica. As nebulosas H II identificadas são fontes brilhantes de luz H-alfa, possibilitando uma análise mais detalhada do ciclo de vida das estrelas. Com esta abordagem, os cientistas planejam aprofundar suas pesquisas sobre a dinâmica da NGC 2835 e de outras galáxias semelhantes.
Essa nova perspectiva pode não apenas enriquecer o conhecimento atual sobre a galáxia, mas também iluminar futuras pesquisas sobre a formação estelar e a natureza dos buracos negros supermassivos, como o que reside no centro de NGC 2835, com uma massa estimada entre 3 e 10 milhões de massas solares.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)