
São Paulo — InkDesign News — Cientistas, pela primeira vez, recriaram as primeiras moléculas do universo em um experimento que relembra as condições do universo primitivo. A pesquisa foi publicada em 24 de julho na revista Astronomy and Astrophysics.
Detalhes da missão
O estudo, conduzido por pesquisadores do Instituto Max Planck de Física Nuclear, visa entender melhor a origem das estrelas no universo primitivo. A experiência foi realizada em um ambiente controlado, onde os íons de hidreto de hélio (HeH+) foram armazenados a temperaturas de menos 267 graus Celsius. O foco foi investigar como esses íons interagem com o hidrogênio pesado, simulando condições do início do cosmos.
Tecnologia e objetivos
Os cientistas utilizaram tecnologias avançadas para resfriar os íons e observar suas reações a baixas temperaturas. Segundo Holger Kreckel, coautor do estudo, “teorias anteriores previam uma redução significativa na probabilidade de reação em baixas temperaturas, mas não conseguimos verificar isso nem nas experiências nem nos novos cálculos teóricos”
“As reações entre os íons e outros átomos parecem ter sido muito mais importantes para a química no universo inicial do que se havia assumido anteriormente.”
(“Reactions between the ions and other atoms appear to have been far more important for chemistry in the early universe than previously assumed.”)— Holger Kreckel, Pesquisador, Instituto Max Planck de Física Nuclear
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Próximos passos
Os pesquisadores pretendem aprofundar a investigação sobre o papel do hélio hidreto na formação das primeiras estrelas. A constatação de que seus íons são eficazes mesmo em temperaturas mais baixas poderá redefinir modelos de formação estelar no cosmos inicial. A colaboração entre diferentes instituições científicas será essencial para testar estas novas teorias em experimentos futuros.
A descoberta pode ter implicações significativas no avanço da exploração espacial e no entendimento da química do universo, oferecendo novas oportunidades para estudar a evolução das estrelas e, consequentemente, da vida no cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)