
Brasília — InkDesign News — A partir de 15 de setembro de 2023, o Ministério da Saúde do Brasil iniciará a oferta do teste de biologia molecular DNA-HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS), voltado ao rastreamento do câncer do colo do útero.
Contexto e objetivos
O câncer do colo do útero, considerado o terceiro mais comum entre as mulheres, está diretamente relacionado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Com a estimativa de 17 mil novos casos anualmente entre 2023 e 2025, o novo teste tem como meta aprimorar o diagnóstico precoce e reduzir a mortalidade associada à doença, particularmente em áreas remotas e de menor acesso a serviços de saúde. O público-alvo inclui mulheres de 25 a 64 anos, abrangendo um total estimado de 7 milhões anualmente.
Metodologia e resultados
O teste, produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, faz uso de tecnologia nacional e detecta 14 genótipos do HPV. A coleta de amostra é semelhante ao tradicional exame de Papanicolau, mas a secreção é enviada em um tubo com líquido conservante para análise laboratorial. A introdução do teste promete aumentar a eficácia e a sensibilidade diagnóstica, culminando na redução de exames desnecessários. “Por ser mais eficaz, a nova tecnologia permite ampliar os intervalos de rastreamento para até cinco anos”, explica o Ministério da Saúde.
(“Being more effective, the new technology allows for screening intervals to be extended to up to five years.”)
Implicações para a saúde pública
A inclusão do teste no SUS foi validada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e está programada para ser implementada inicialmente em 11 estados, entre eles Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O acesso às mulheres em áreas de difícil cobertura é uma das principais vantagens mencionadas, uma vez que facilitará o diagnóstico precoce em populações vulneráveis. “A oferta do novo modelo de rastreamento é considerada um marco para a saúde da mulher”, destaca o Ministério.
(“The offer of the new screening model is considered a milestone for women’s health.”)
A implementação dessa tecnologia poderá reduzir as taxas de mortalidade por câncer do colo do útero, especialmente nas regiões mais afetadas, como o Nordeste, onde a disparidade no acesso a cuidados de saúde é evidente. A expectativa é que, até dezembro de 2026, o rastreamento esteja disponível em todo o território nacional, salvaguardando vidas e proporcionando um avanço significativo na saúde pública no Brasil.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)