
São Paulo — InkDesign News — Um novo relatório da Axios revela que a Casa Branca instaurou uma planilha que classifica centenas de empresas com base em sua lealdade ao presidente Donald Trump, um movimento que evoca a natureza transacional do atual governo e suas relações com o setor privado.
Contexto e lançamento
A iniciativa de monitorar a lealdade das empresas à administração não é totalmente surpreendente, dada a forma como Trump tem conduzido seus negócios e alianças. A planilha, que classifica 553 companhias e organizações comerciais em níveis de apoio – forte, moderado ou baixo – é baseada na percepção do suporte à Big Beautiful Bill, um pacote orçamentário que promete cortes no sistema de saúde e reduções de impostos para os mais ricos. O apoio é avaliado através de posts em mídias sociais, comunicados de imprensa e anúncios.
Design e especificações
Empresas como Uber, DoorDash, United, Delta e AT&T foram listadas como “bons parceiros” pelo governo. A planilha se propõe a ser um documento “evolutivo”, incluindo suporte a outras iniciativas além da Big Beautiful Bill no futuro. Este mecanismo de classificação, conforme descrito por um funcionário da Casa Branca, será fundamental quando lobistas se apresentarem com solicitações à administração. “Se grupos/empresas desejam começar a advogar mais pelo projeto de lei fiscal ou prioridades adicionais da administração, levaremos isso em conta em nossa avaliação,” afirmou a fonte.
Repercussão e aplicações
A implementação de tal planilha remete a um estilo de governança que muitos considerariam reminiscentes de práticas da máfia. Trump tem enfatizado a lealdade incondicional ao seu governo, desafiando e criticando publicamente aqueles que não se alinham a seu ideário. O caso do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, ilustra tal dinâmica: após uma crítica, sua disposição em dialogar com Trump parece ter gerado um potencial envolvimento do governo com a empresa.
“Se você quer fazer negócios nos EUA, precisa pagar seu tributo ao império de Trump de alguma forma.”
(“If you want to do business in the U.S., you need to pay your tithe to Trump’s empire in one way or another.”)— Autor Desconhecido
Adicionalmente, Trump busca obter um acordo de compartilhamento de receita de 15% com Nvidia e AMD sobre chips enviados à China, uma ação que levanta questões constitucionais, mas que reflete seu estilo administrativo inexorável. “A classe trabalhadora americana ficou escandalizada ao descobrir as listas de inimigos do presidente Richard Nixon em 1973, mas a classificação de lealdade da Casa Branca atual é apenas uma gota em um oceano de notícias bizarras que desafiam as normas de uma era anterior,” observa o relatório.
À medida que o cenário político e empresarial brasileiro e internacional evolui, a questão da lealdade corporativa e suas implicações legais e éticas continuarão a ser um tópico intenso de discussão.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)