
São Paulo — InkDesign News — Uma descoberta surpreendente acerca de objetos enérgicos no vasto universo distante pode indicar que a atividade cósmica durante a infância do cosmos era muito mais intensa do que os astrônomos imaginavam. Utilizando imagens de campo profundo do Telescópio Espacial James Webb (JWST), a equipe da Universidade do Missouri identificou 300 objetos incomumente brilhantes que datam do universo primitivo.
Detalhes da missão
O estudo se baseia em observações feitas pelo JWST e foi publicado em 27 de junho no The Astrophysical Journal. A missão tem como carga útil a poderosa câmera de infravermelho próximo e o instrumento de infravermelho médio, projetados para detectar a luz proveniente das regiões mais distantes do espaço. Essas observações permitem que os cientistas olhem para o universo como ele era há mais de 13 bilhões de anos.
Tecnologia e objetivos
A técnica chamada “dropout” foi empregada pelos pesquisadores para identificar objetos que aparecem em comprimentos de onda vermelhos, mas desaparecem em imagens de comprimentos de onda mais curtos. Isso sugere que os objetos são extremamente distantes. “A luz desses primeiros galáxias ao viajar pelo espaço estica-se em comprimentos de onda mais longos — deslocando-se de luz visível para infravermelha”, explicou Haojing Yan, coautor do estudo. “Esse deslocamento, chamado de redshift, nos ajuda a determinar quão longe essas galáxias estão.”
“Se mesmo alguns desses objetos se confirmarem como o que pensamos, nossa descoberta poderia desafiar as ideias atuais sobre como as galáxias se formaram no universo primitivo — o período em que as primeiras estrelas e galáxias começaram a se formar.”
(“If even a few of these objects turn out to be what we think they are, our discovery could challenge current ideas about how galaxies formed in the early universe — the period when the first stars and galaxies began to take shape.”)— Haojing Yan, Coautor do Estudo, Universidade do Missouri
Próximos passos
Os pesquisadores planejam realizar observações espectroscópicas direcionadas, focando nas fontes mais brilhantes identificadas. Confirmar esses novos objetos como galáxias primordiais não apenas refinará o entendimento atual sobre a rapidez com que as primeiras estruturas cósmicas se formaram, mas também ampliará a lista crescente de descobertas transformadoras feitas pelo JWST desde seu início de operações em 2022. “Nosso objetivo é aprofundar na investigação para entender melhor a evolução do universo”, disse Yan.
A descoberta desses objetos enérgicos representa um avanço significativo na exploração cósmica, desafiando teorias estabelecidas e ampliando o conhecimento humano sobre a formação e evolução do universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)