
Rio de Janeiro — InkDesign News — O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta quarta-feira (13), Amanda Couto Deloca, Mayara Ketelyn Américo da Silva e Raiane Campos de Oliveira por roubo com violência, furto qualificado por fraude eletrônica e associação criminosa, após doparem dois turistas ingleses em um ataque que ocorreu na madrugada de 8 de agosto, na Lapa, bairro boêmio da cidade.
Contexto jurídico
A denúncia se baseia em um ato criminoso em que as acusadas aplicaram o golpe conhecido como “Boa noite Cinderela” (Cinderella Effect), dopando as vítimas com substâncias psicoativas. Esse tipo de delito é caracterizado por sua gravidade e previsão legal clara no Código Penal brasileiro. O MPRJ solicitou a prisão preventiva das três devido ao histórico criminal de Raiane Campos de Oliveira, que já possui mais de 20 anotações e uma condenação anterior por crimes similares. Conforme registrou a Polícia Civil, as três mulheres estão foragidas, mantendo-se supostamente escondidas no Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio de Janeiro.
Argumentos e precedentes
Tipo de golpe, onde a vítima ingere substâncias sem seu conhecimento, é uma prática recorrente em diversas partes do mundo, mas em terras cariocas, a gravidade do ato é acentuada pelas possíveis consequências para os turistas e a reputação da cidade. O MPRJ afirma que as denunciadas não apenas aplicaram o golpe, mas também tentaram acessar a conta bancária de um dos turistas, resultando na subtração de valores significativos. Um dos turistas reconheceu formalmente as autoras do crime, reforçando as evidências coletadas. A expectativa é que a defesa apresente argumentos contrários à ação do MP, buscando mitigar as penalidades.
Impactos e desdobramentos
A repercussão deste caso se estendeu além das fronteiras, atraindo atenção internacional, principalmente da mídia britânica. A defesa dos acusados, por sua vez, poderá alegar aspectos que envolvem a fragilidade do contexto social e econômico das acusadas, uma vez que a criminalidade relacionada a fraudes e roubos na cidade é frequentemente ligada à desigualdade. O MPRJ, em seu pedido, requer que as acusadas indenizem cada vítima em R$ 30 mil por danos materiais e morais, o que poderá gerar um precedente significativo para casos futuros. O especialista em direito penal, Dr. João Almeida, afirma que “o julgamento desse caso poderá influenciar a percepção pública sobre a segurança e a eficácia das leis em proteger turistas no Brasil”
(“this case’s judgement could influence the public’s perception of safety and the effectiveness of laws in protecting tourists in Brazil”).
À medida que o caso avança, as possíveis consequências e reformas sugeridas no sistema de segurança pública e penal poderão ser debatidas, especialmente em relação ao tratamento de crimes que envolvem turistas e a efetividade das respostas judiciais.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)