
São Paulo — InkDesign News — Imagens de satélite revelaram a extensão da devastação no sul da França, causada pela pior onda de incêndios florestais a atingir o país em mais de sete décadas. O incêndio teve início na terça-feira, 5 de agosto, próximo ao município de Ribaute, na região de Aude, no sudeste da França. Em menos de quatro dias, aproximou-se de 42.000 acres (17.000 hectares) de florestas e terras agrícolas reduzidos a cinzas, uma área maior do que a da capital francesa, Paris.
Detalhes da missão
A intensidade do incêndio alcançou seu pico, consumindo cerca de 2.470 acres (1.000 hectares) por hora, impulsionado por fortes ventos provenientes do Mar Mediterrâneo. Em apenas dois dias após seu início, o fogo já havia devastado 40.000 acres (16.000 hectares). O saldo foi trágico: pelo menos uma pessoa morreu e outras 13 ficaram feridas enquanto as chamas consumiam várias aldeias na região vinícola.
Tecnologia e objetivos
As imagens dramáticas foram capturadas pelos satélites Pleiades Neo, operados pela Airbus. Em um tweet, a empresa comentou:
“As imagens do Pleiades Neo mostram áreas devastadas, com pontos quentes ainda queimando e espessas nuvens de fumaça cobrindo a região.”
(“The Pleiades Neo images reveal swaths of scorched land as well as burning hotspots and thick plumes of smoke covering the land.”)— Airbus, Defesa e Espaço
Além disso, os satélites Terra e Landsat 9 da NASA também monitoraram o incêndio, proporcionando uma visão detalhada e abrangente de seu progresso veloz.
Próximos passos
Os bombeiros conseguiram conter a maior parte do incêndio na noite de quinta-feira, 7 de agosto, mas as autoridades locais alertaram que levaria dias para extinguir completamente os últimos focos de fogo. A gravidade deste incêndio, o pior desde 1949, foi atribuída ao agravamento das mudanças climáticas, com a costa mediterrânea da França sendo particularmente afetada por mais de 9.000 incêndios registrados desde o início da temporada de verão. A temporada de 2025 também se configura como uma das mais quentes já registradas na Europa Ocidental, com recordes de temperatura sendo batidos em junho, segundo o serviço ambiental da U.E.
Esse evento ilustra a crescente gravidade das condições climáticas e a necessidade urgente de estratégias eficazes para minimizar os riscos de desastres naturais. A continuidade do monitoramento por satélites e a análise científica são cruciais para entender melhor e enfrentar os desafios apresentados pelas mudanças climáticas.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)