
São Paulo — InkDesign News — A crescente integração da inteligência artificial (IA) em operações de segurança cibernética está redefinindo o panorama da proteção de dados, ampliando tanto as capacidades de detecção quanto a eficácia na resposta a ameaças.
Tecnologia e abordagem
A implementação de IA agentic, uma abordagem que combina aprendizado profundo e automação, está se destacando como uma solução viável para contrabalançar o aumento das ameaças cibernéticas. Essa tecnologia permite que sistemas de segurança autônomos processem alertas de forma mais eficiente e realizem investigações rápidas, reduzindo o tempo necessário para detectar e remediar incidentes de segurança.
Aplicação e desempenho
Recentemente, a CrowdStrike relatou um aumento de 136% nas intrusões em ambientes de nuvem, destacando a necessidade urgente de mecanismos de defesa robustos. O uso de IA generativa por agentes, como os operativos da North Korean FAMOUS CHOLLIMA, ilustra o nível crescente de sofisticação dos ataques. Um exemplo notável é a capacidade de criar identidades falsas em plataformas como LinkedIn, utilizando tecnologia de deep fake para manipular aparências durante processos seletivos.
“Eles estão usando IA em todo o processo.”
(“They’re using AI through the entire process.”)— Adam Meyers, Chefe de Operações de Contra-Adversário, CrowdStrike
Empresas como Cisco introduziram modelos de IA conversacional criados especificamente para cibersegurança, otimizando a resposta a incidentes ao integrar múltiplas fontes de dados e colaborar de forma autônoma na triagem de alertas.
Impacto e mercado
O impacto da IA agentic tem sido significativo, permitindo uma redução notável no tempo médio para investigar (MTTI) e um aumento nas taxas de detecção de ameaças. Durante o Black Hat 2025, observou-se que muitas empresas estão ganhando eficiência real que se traduz em métricas solicitadas por conselhos executivos.
“A IA agentic, por mais boa que seja, não vai substituir os humanos.”
(“Agentic AI, as good as it is, is not going to replace the humans.”)— Adam Meyers, Chefe de Operações de Contra-Adversário, CrowdStrike
Apesar dos avanços, especialistas advertiram que a confiança excessiva na IA pode gerar novos riscos, com a previsão de que "a IA se tornará a próxima ameaça interna". Essa perspectiva chama a atenção para a necessidade de sistemas de governança e padrões de segurança adequados.
A evolução da abordagem de segurança cibernética, com foco crescente em IA, demonstra uma mudança fundamental nas operações de segurança, exigindo que as organizações se adaptem rapidamente a ambientes de ameaça em constante mudança. O fortalecimento não só das defesas, mas também da colaboração humano-tecnológica, será essencial na luta contra as novas formas de ataque.
Fonte: (VentureBeat – AI)