
Brasília — InkDesign News — A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica EMS firmaram acordos para a produção de liraglutida e semaglutida, substâncias ativas de medicamentos agonistas GLP-1, conhecidos como canetas emagrecedoras. Esta parceria visa avançar na produção nacional de soluções para diabetes e obesidade.
Contexto e objetivos
A crescente prevalência de diabetes e obesidade no Brasil torna essencial o desenvolvimento de terapias eficazes. As canetas emagrecedoras, que são injeções subcutâneas, têm se mostrado inovadoras e eficazes no tratamento dessas condições. As metas destes acordos são aumentar a acessibilidade a tratamentos de qualidade no Brasil, através da transferência de tecnologia e produção local.
Metodologia e resultados
Os acordos estabelecem a transferência da tecnologia para a síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e do medicamento final para Farmanguinhos, uma unidade da Fiocruz. Inicialmente, a produção ocorrerá na fábrica da EMS em Hortolândia (SP), com uma transição planejada para o Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos no Rio de Janeiro. A Fiocruz destaca a importância dessa parceria, afirmando que “unir forças com parceiros públicos e privados permite somar excelência e inovação e ampliar seu portfólio de produção”
(“Joining forces with public and private partners allows us to combine excellence and innovation and expand our production portfolio.”)— Fundação Oswaldo Cruz.
Implicações para a saúde pública
A implementação destes medicamentos no mercado brasileiro deve ser acompanhada de um controle rigoroso na prescrição e dispensação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou medidas para reter receitas de canetas emagrecedoras, visando proteger a saúde da população, especialmente considerando o número elevado de eventos adversos observados. “A legislação vigente exige receita médica para a dispensação destes medicamentos, porém, não a retenção da mesma [receita] pelas farmácias”
(“Current legislation requires a medical prescription for the dispensing of these medications, but does not require the retention of the same [prescription] by pharmacies.”)— Anvisa.
A inclusão da semaglutida no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda será avaliada, considerando os custos elevados para a sua manutenção. O debate público promovido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) é um passo importante para determinar a viabilidade do acesso a esses tratamentos essenciais.
As recomendações para políticas de saúde incluem a continuidade da monitorização rigorosa da prescrição e a sensibilização sobre o uso responsável dos agonistas de GLP-1, buscando garantir que aqueles que realmente necessitam do tratamento possam acessá-lo adequadamente.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)