
Goiânia — InkDesign News — A nova presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bianca Borges, de 25 anos, foi eleita durante o congresso da entidade, realizado no último fim de semana, onde destacou a importância da luta por soberania e contra a evasão estudantil nas universidades brasileiras.
Contexto educacional
O Brasil enfrenta desafios significativos na educação superior, com dados recentes indicando uma evasão acumulada de 53% nas instituições públicas e de 61% nas privadas. O aumento dessa taxa, especialmente em cursos de licenciatura, precisa ser combatido através de políticas efetivas voltadas para a permanência dos estudantes nas universidades. A nova liderança da UNE, representada por Bianca Borges, vem à tona em um cenário onde a educação é continuamente afetada por questões políticas e econômicas, exigindo uma mobilização ampliada dentro do movimento estudantil.
Políticas e iniciativas
Durante o Conune, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou um projeto de lei que destina recursos do Fundo Social à assistência estudantil, com foco em estudantes ingressantes por ações afirmativas. Além disso, a UNE debateu a necessidade de recursos adicionais, conforme apontado por Bianca:
“Nós temos colocado como necessidade imediata a retirada da educação do arcabouço fiscal, e em um horizonte também o fim do próprio arcabouço fiscal. Não dá pra educação e tantos outros direitos sociais ficarem reféns de uma regra fiscal que na verdade só tira de quem mais precisa.”
(“We have emphasized the immediate need to remove education from the fiscal framework, and in the long run, to end the framework itself. Education and so many other social rights should not be held hostage to fiscal rules that primarily affect the most vulnerable.”)— Bianca Borges, Presidenta da UNE
A UNE também se une a movimentos sociais como a Frente Brasil Popular para reforçar a mobilização em defesa da soberania nacional.
Desafios e perspectivas
O movimento estudantil, sob a nova direção da UNE, precisa enfrentar não apenas os aspectos econômicos que afetam a educação, mas também a qualidade do ensino e a inclusão social. A recente proposta de aumento das tarifas de importação por parte dos EUA, justificada por Donald Trump e ligada a questões internas brasileiras, agrava a situação. Bianca ressaltou:
“A pauta da luta por soberania acaba se colocando como a pauta primeira desse momento. Como é que a gente vai construir o projeto de educação que nós acreditamos enquanto o nosso país estiver sendo subjugado por países estrangeiros?”
(“The agenda of the struggle for sovereignty becomes the primary agenda of this moment. How can we build the education project we believe in while our country is being subjugated by foreign powers?”)— Bianca Borges, Presidenta da UNE
O impacto da evasão e da desigualdade permanece uma preocupação central, demandando soluções inovadoras e um olhar atento às condições nas universidades.
As ações planejadas para o dia 1º de agosto, marcada como um dia de mobilizações em defesa da soberania, são um passo importante para inverter a trajetória da educação superior no Brasil. A ambição é que a nova liderança da UNE consiga efetivar mudanças reais e duradouras para o setor.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)