
Ioannina — InkDesign News — A ascensão da inteligência artificial (IA) na medicina é um tema que ressoa em várias partes do mundo, mas a adoção dessa tecnologia em um hospital na pequena cidade de Ioannina, na Grécia, revela um enfoque surpreendente e pragmático.
Contexto e lançamento
Ioannina, localizada no noroeste da Grécia, é conhecida por seu histórico cultural e natureza exuberante, muito distinta das famosas ilhas turísticas. A discussão sobre IA em ambientes médicos, embora crescente, ainda carece de penetração em diversas regiões. Nesse contexto, o Dr. Thomas Tzimas, diretor do Departamento de Medicina Interna no Hospital Geral de Ioannina, se destaca como um exemplo notável de como profissionais podem integrar ferramentas do século XXI em suas rotinas cotidianas.
Design e especificações
No cotidiano hospitalar, Dr. Tzimas lançou mão de sistemas de IA que facilitam desde a documentação de notas clínicas até a análise de sintomas. Ele destaca a importância de um certo parâmetro denominado “temperatura” na configuração da IA, que regula a criatividade do modelo. “Se a temperatura da IA é 1, eles alucinam”, explicou. “Para a medicina, deve ser 0.3. Isso os torna tão rigorosos que não podem fantasiar coisas. Eles se restringem aos fatos.”
Repercussão e aplicações
“Meu trabalho envolve experiência que a IA ainda não pode replicar. Preciso ouvir sons pulmonares, cardíacos e intestinais, palpar e examinar os pacientes.”
(“My job involves experience that AI cannot yet replicate. I need to listen to lung, heart, and bowel sounds, palpate patients, and examine them.”)— Thomas Tzimas, Médico, Hospital Geral de Ioannina
A utilização da IA permite que Dr. Tzimas identifique diagnósticos que poderiam ser negligenciados, como na situação de um paciente que apresentava febre após inalar poeira em um estábulo. Após inserir os sintomas em um sistema de IA, a doença zoonótica conhecida como febre Q foi considerada, expandindo as possibilidades diagnósticas. “Sem IA, a febre Q pode não estar na nossa lista”, acrescentou.
Além disso, o médico acredita que a IA se tornará uma assistente valiosa na medicina, enquanto profissões que não requerem interação humana, como radiologia e terapia, estão em risco. “A terapia será cada vez mais substituída por ferramentas baseadas em IA, especialmente para paciente que não têm acesso fácil ao atendimento presencial”, afirmou.
As primeiras utilizações de IA na medicina em Ioannina podem sinalizar uma trajetória inovadora que transcende a geografia e o acesso à tecnologia, sugerindo uma transformação cultural no modo como encaramos a saúde. À medida que as ferramentas de IA se tornem mais amplamente utilizadas, a relação entre médicos e tecnologia continuará a evoluir.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)