
São Paulo — InkDesign News —
A disputa pela autenticidade em jogos retro continua a movimentar a cultura geek, especialmente com as recentes observações de Andy Gavin, co-criador de Crash Bandicoot, sobre a mecânica de salto em remakes do clássico de 1996.
Lançamento e features
Em 2017, a Vicarious Visions lançou o remake de Crash Bandicoot, que faz parte de uma trilogia dos jogos originais. De acordo com Andy Gavin, a remake “conseguiu quase tudo certo. Exceto por 30 milissegundos cruciais”. O que está em debate é como o salto, uma das mecânicas mais icônicas, foi implementado nas versões mais recentes.
Gavin explica que no PlayStation original, “nós tínhamos somente botões digitais – pressionado ou não pressionado. Jogadores precisavam de diferentes alturas de saltos, mas nós só tínhamos entradas binárias” (“On the original PlayStation, we only had digital buttons–pressed or not pressed. No analog sticks.”). Ele detalha como o jogo ajustava a gravidade e a força com base no tempo de pressionamento do botão.
“Soltar cedo = salto menor. Segurar = máxima altura”
(“Let go early = smaller hop. Hold it down = maximum height.”)— Andy Gavin, Co-criador, Naughty Dog
Recepção e audiência
Após o lançamento dos remakes, muitos fãs expressaram sua satisfação, com aproximadamente 10 milhões de cópias vendidas em sua primeira semana. O retorno à jogabilidade original, porém, trouxe críticas mistas. Alguns jogadores alegaram que as diferenças mecânicas eram quase imperceptíveis, enquanto outros, como Gavin, enfatizaram a importância dos 30 milissegundos na experiência do jogador.
Um teste realizado em um Xbox com um controle Bluetooth revelou resultados contraditórios; muitos relataram que as diferenças nos saltos eram “mais semelhantes do que a afirmação de Gavin que o remake continha somente saltos de máxima altura”.
Tendências e mercado
A discussão em torno das mecânicas dos jogos reflete uma tendência crescente na indústria de revisitar clássicos. Jogos como Crash Bandicoot e Final Fantasy VII têm sido remakeados com atenção meticulosa, embora debates como o de Gavin evidenciem as complexidades na modernização de jogos icônicos. O apelo dos jogos retro continua a criar um mercado robusto, atraindo novos e antigos jogadores.
A indústria está atenta ao feedback dos fãs à medida que novos remakes e possíveis DLCs são planejados. Eventos como a E3 podem trazer mais informação sobre futuras atualizações e títulos que seguem a linha do remake de Crash.
Fonte: (Kotaku – Cultura Tech & Geek)