
São Paulo — InkDesign News —
O recente leilão das propriedades da marca Fyre Festival na eBay destaca tanto falhas na indústria de festivais como uma oportunidade de revitalização do branding, evidenciando ambiguidades no mercado de eventos e entretenimento.
Contexto e lançamento
O Fyre Festival, amplamente reconhecido como um dos maiores fracassos da era digital, foi concebido como uma experiência luxuosa de música em uma ilha privada. Nos últimos anos, a notoriedade do evento se transformou em uma vasta quantidade de impressões online, chegando a 32 bilhões desde sua primeira proposta em 2016. “Parece um pouco exagerado, mas claro,” (original: “Seems a little steep, but sure.”)
Recentemente, Billy McFarland, o criador do festival, leiloou os direitos da marca, como parte de um esforço para pagar os US$ 26 milhões em restituição que ainda deve.
Design e especificações
O pacote de leilão incluiu não apenas o nome “Fyre Festival”, mas também suas marcas registradas, propriedade intelectual e contas de redes sociais. Com um total de 175 lances, o item foi vendido por US$ 245.300, representando aproximadamente um décimo da dívida de McFarland. A negociação trouxe à tona a noção de que as impressões digitais acumuladas pelo festival, embora muitas vezes associadas a uma catástrofe, haviam gerado muito tráfego online, um ativo valioso no marketing contemporâneo.
Repercussão e aplicações
Outra adição notável ao pacote foi o conteúdo documentado dos bastidores do festival, que pode oferecer melhor compreensão sobre o desastroso planejamento que definiu o evento. “Talvez a parte mais interessante do pacote de leilão seja o conteúdo dos bastidores e filmagens documentais,” (original: “Perhaps the most interesting part of the auction bundle is the ‘behind-the-scenes content and documentary footage.’”) Essa afirmação sublinha o potencial do material para futuras narrativas e análises no contexto da cultura pop e dos estudos de eventos.
Embora o leilão tenha revelado aspectos intrigantes sobre o valor de imagem e branding, gerou desconfiança no processo, principalmente em torno do comprador, uma conta de eBay que ofereceu 23 lances no último dia, levantando questões sobre a integridade do leilão.
Com o panorama atual, McFarland parece ter desistido de sua ideia de um Fyre Festival 2, pivotando para a venda da marca em si. Tal ato pode finalmente permitir que ele se distancie da imagem da marca problemática, mas a possibilidade de novos projetos não deve ser descartada.
O futuro do Fyre Festival agora pertence a uma nova administração, e a transformação da sua imagem será um processo de integração de oportunidades e reações da comunidade.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)