
São Paulo — InkDesign News — A recente decisão da administração Trump de destruir suprimentos alimentares excedentes, anteriormente destinados a operações de ajuda humanitária, levanta questões complexas sobre a eficácia e as prioridades da política de assistência internacional dos Estados Unidos.
Contexto e lançamento
A administração Trump, em um esforço de contenção de custos, implementou cortes significativos nas operações da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) no início deste ano. Isso resultou em uma chamada “reorganização” que integrou as funções da agência ao Departamento de Estado. Contudo, essa mudança não só comprometeu a distribuição de alimentos essenciais, mas também fez com que aquelas populações ao redor do mundo que dependiam da ajuda americana enfrentassem sérios riscos de desnutrição e até morte.
Design e especificações
A reportagem da Atlantic revelou que cerca de 800 mil dólares em biscoitos energéticos, adquiridos sob a administração Biden, estão prestes a serem inutilizados. Esse alimento, previamente destinado a crianças carentes no Paquistão e no Afeganistão, está agora marcado para destruição em um processo que custará aos contribuintes mais 130 mil dólares. A incapacidade da administração atual de agir rapidamente diante da expiração desses suprimentos é vista por funcionários da USAID como um exemplo sem precedentes de desperdício governamental.
“Ele nunca tinha visto um desperdício tão grande de alimentos durante suas décadas trabalhando em ajuda humanitária.”
(“One current USAID staffer told me he’d never seen anywhere near this many biscuits trashed over his decades working in American foreign aid.”)— Funcionário da USAID
Repercussão e aplicações
O impacto das recentes mudanças na USAID está ganhando atenção crescente, enquanto especialistas e ativistas alertam que as consequências podem ser fatais. Um estudo recente apontou que as cortes de financiamento à agência podem levar a 14 milhões de mortes nos próximos cinco anos, focando particularmente em crianças menores de cinco anos. As justificativas apresentadas pela administração para a destruição da USAID permanecem vagas, limitando-se a declarações sobre a necessidade de “eficiência governamental”.
“O desperdício representado pela destruição dos biscoitos é um dos maiores que já vimos.”
(“USAID workers have been warning the Trump administration that they must distribute the food before it expires.”)— Funcionário da USAID
Conforme a situação se desenrola, a instabilidade nas operações da USAID poderá resultar em mais alimentos perecendo em armazéns ao redor do mundo, deixando milhões vulneráveis. O futuro da assistência humanitária americana, então, dependerá da reavaliação das políticas atuais e do que isso significa para os destinatários finais da ajuda.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)