Estudo revela previsão precisa de idade com 50 moléculas de DNA

São Paulo — InkDesign News — Um grupo de cientistas da Universidade Hebraica aprimorou a capacidade de prever a idade cronológica humana (definida como o tempo desde o nascimento) utilizando redes de aprendizado profundo para analisar padrões de metilação do DNA. A pesquisa resultou em uma precisão média variando entre 1,36 e 1,7 anos para indivíduos com menos de 50 anos.
Contexto da descoberta
A metilação do DNA, um processo em que grupos metila (CH3) se ligam ao DNA, desempenha um papel fundamental na forma como as células envelhecem. A equipe da Universidade Hebraica, liderada pelo Professor Tommy Kaplan, decidiu explorar como essas mudanças químicas podem fornecer indicações sobre a idade biológica de um indivíduo.
Métodos e resultados
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de mais de 300 indivíduos saudáveis e dados de uma análise longitudinal de dez anos do Estudo Perinatal de Jerusalém. O modelo desenvolvido pelos cientistas demonstrou robustez ao considerar variáveis como tabagismo, peso corporal e sexo, além de diversos sinais de envelhecimento biológico.
“A passagem do tempo deixa marcas mensuráveis em nosso DNA,”
(“It turns out that the passage of time leaves measurable marks on our DNA.”)— Tommy Kaplan, Professor, Universidade Hebraica
Implicações e próximos passos
Além das possíveis aplicações médicas, a metodologia pode revolucionar a ciência forense, permitindo estimativas de idade de suspeitos a partir de vestígios mínimos de DNA. Especialistas acreditam que essa capacidade é um avanço significativo em relação às ferramentas disponíveis atualmente.
“Isso nos dá uma nova perspectiva sobre como o envelhecimento funciona no nível celular,”
(“This gives us a new window into how aging works at the cellular level.”)— Yuval Dor, Professor, Universidade Hebraica
A pesquisa pode transformar a maneira como abordamos saúde, envelhecimento e identidade, permitindo que médicos personalizem tratamentos com base na linha do tempo biológica verdadeira de um paciente. Compreender como nossas células monitoram o tempo também abre novos caminhos para decifrar o relógio interno do corpo humano.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)