
São Paulo — InkDesign News — A recente legislação “One Big Beautiful Bill Act” assinada pelo governo dos Estados Unidos promete impulsionar o futuro do voo espacial tripulado, embora a proposta de orçamento de Trump para o próximo ano fiscal ameace drasticamente as missões científicas da NASA.
Detalhes da missão
O ato estabelece um financiamento de US$ 4,1 bilhões para os landers lunares Artemis 4 e Artemis 5, alocando pouco mais de um bilhão de dólares para gastos anualmente entre 2026 e 2029. O programa Artemis visa retornar astronautas à superfície da Lua. Com o lançamento da Artemis 2 programada para a primeira metade de 2026, missões não tripuladas como a Artemis 1 já demonstraram os avanços potenciais da NASA em sua trajetória rumo ao satélite natural da Terra.
Tecnologia e objetivos
Entre as inovações, está o Lunar Gateway, uma estação espacial em órbita lunar que atuará como um ponto de parada para futuras explorações no sistema Terra-Lua. O ato aloca US$ 2,6 bilhões para seu desenvolvimento. Além disso, há um investimento de US$ 700 milhões para um Orbiter de Telecomunicações de Marte, que será essencial para as comunicações de missões planejadas para retorno de amostras e futuras explorações humanas no planeta vermelho. No entanto, como enfatizado em uma declaração conjunta por ex-dirigentes da NASA, “o orçamento proposto ‘afasta-se’ de dezenas de atuais e extraordinariamente bem-sucedidas missões científicas” em operação e desenvolvimento.
“O orçamento proposto ‘afasta-se’ de dezenas de atuais e extraordinariamente bem-sucedidas missões científicas”
(“The proposed budget ‘walks away’ from dozens of current, extraordinarily successful and productive science missions.”)— Alphonso Diaz, ex-Diretor, Diretoria de Missões Científicas da NASA
Próximos passos
A NASA enfrenta uma redução significativa de 24% em seu orçamento geral, com um corte de 47% para a Diretoria de Missões Científicas. Como resultado, missões como Juno, que atualmente explora Júpiter, e New Horizons, que se dirige para o limiar do sistema solar, estão ameaçadas. A proposta de orçamento sugere o cancelamento de contribuições financeiras da NASA para outros programas, incluindo o rover Rosalind Franklin da Agência Espacial Europeia. A decisão de prosseguir com tais cortes antes da aprovação formal do orçamento gera apreensão sobre o futuro das colaborações internacionais e a liderança dos Estados Unidos em ciência espacial.
“Os cortes propostos forçariam os EUA a abandonar seus parceiros internacionais que historicamente contribuem significativamente para missões de ciência espacial dos EUA”
(“The proposed cuts would force the U.S. to abandon its international partners who historically contribute significantly to U.S. space science missions.”)— John Grunsfeld, ex-Diretor, Diretoria de Missões Científicas da NASA
A continuidade da exploração espacial e o avanço do conhecimento humano dependem de decisões orçamentárias que reconheçam a importância das missões científicas, essenciais para o legado da NASA e para a colaboração global futura em ciência espacial.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)