São Paulo — InkDesign News — Cientistas descobriram que Urano emite mais calor interno do que recebe do sol, contrariando observações feitas pela sonda Voyager 2, que explorou o planeta a quase quatro décadas atrás.
Detalhes da missão
Pesquisadores liderados por Xinyue Yang, da Universidade de Houston, analisaram décadas de dados de espaçonaves e modelos computacionais, revelando que Urano emite 12,5% mais calor interno do que recebe da luz solar. Essa nova descoberta sugere que o planeta mantém uma taxa de calor residual de sua formação há 4,5 bilhões de anos, quando surgiu junto com o restante do sistema solar.
Tecnologia e objetivos
O estudo fez uso de dados arquivados, combinados com modelagens avançadas, para avaliar a estrutura interna e a história evolutiva do planeta. Wang afirmou que “isso significa que Urano ainda está lentamente perdendo calor remanescente de sua história inicial, uma peça chave que ajuda a entender suas origens e como mudou ao longo do tempo.”
(“this means it’s still slowly losing leftover heat from its early history, a key piece of the puzzle that helps us understand its origins and how it has changed over time.”)— Wang, Pesquisador, Universidade de Houston
Próximos passos
A análise não apenas revela informações críticas sobre Urano, mas também pode influenciar futuras missões interplanetárias, como o conceito da missão hipotética denominada Orbiter e Sonda de Urano (UOP), que foi classificada como uma das principais prioridades de ciência planetária para a próxima década. A pesquisa observa que “os novos resultados são fundamentais para planejar investigações futuras e para entender melhor os processos internos de Urano.”
(“new results are groundbreaking on their own.”)— Li, Coautor do Estudo. A comunidade científica está ciente dos desafios financeiros e políticos para a execução dessa ambiciosa missão nos próximos anos.
Essas descobertas também têm implicações para o entendimento das atmosferas planetárias e dos sistemas climáticos, destacando como o estudo de Urano pode fornecer insights sobre as mudanças climáticas aqui na Terra, ampliando nossa perspectiva sobre o sistema atmosférico e os desafios do clima.
O impacto dessa nova compreensão de Urano é significativo, tanto para a exploração espacial quanto para o conhecimento humano das dinâmicas planetárias.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
