
São Paulo — InkDesign News — O sol está apresentando um espetáculo magnético, com a recente formação da mancha solar 4136, que foi fotografada em 10 de julho pelo astrofotógrafo francês Philippe Tosi, revelando explosões magnéticas conhecidas como bombas de Ellerman.
Detalhes da missão
As observações foram realizadas a partir de Nîmes, na França, onde Tosi utilizou um filtro H-alpha para capturar a atividade solar em detalhes. Este fenômeno, que acontece nas camadas mais baixas da atmosfera solar, foi registrado enquanto a mancha solar 4136 se aproximava da borda leste do sol, mostrando múltiplas erupções classificada como M, uma categoria moderada na escala de flares solares.
Tecnologia e objetivos
As bombas de Ellerman são fenômenos causados pela reconexão magnética, onde campos magnéticos opostos colidem e se reconfiguram de maneira explosiva. Cada bomba libera cerca de 10²⁶ ergs de energia, equivalente à energia de 100 mil bombas atômicas da era da Segunda Guerra Mundial, embora isso represente apenas um micrômetro do total de energia liberada por um grande flare solar. “Este não é o primeiro vez que observo as bombas de Ellerman,” explicou Tosi em um e-mail traduzido, “as condições eram difíceis, pois atualmente está muito quente no sul da França — cerca de 38°C.”
“As condições eram difíceis, pois atualmente está muito quente no sul da França — cerca de 38°C.”
(“It is currently very hot in the south of France — around 38°C [100 degrees Fahrenheit].”)— Philippe Tosi, Astrofotógrafo
Próximos passos
À medida que a mancha solar 4136 continua sua rotação em direção à Terra, ela pode estar relacionada a eventos de clima espacial mais intensos. Os flares da classe M, como os já registrados, podem causar breves interrupções nas comunicações via rádio e perturbações menores em satélites. Cientistas e observadores do céu estão atentos a nova atividade, conforme a mancha se posiciona para um possível impacto com o planeta nos próximos dias.
O aumento da atividade solar traz não apenas riscos, mas também oportunidades de pesquisa, permitindo um aprofundamento no conhecimento da dinâmica solar e seus efeitos no ambiente espacial. O acompanhamento dessas manifestações é crucial para a previsão do clima espacial e para a proteção das comunicações e tecnologia na Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)