Tallinn — InkDesign News — A Darkstar, uma firma de venture capital estoniana, está promovendo um novo modelo de investimento em tecnologia de defesa, focando em aplicações puramente militares, em meio a um cenário de crescente interesse no setor. Com uma meta de fundraising de €25 milhões, a empresa planeja investir em start-ups em estágios iniciais no contexto das necessidades de defesa na Europa.
Tamanho da rodada
A Darkstar está em busca de levantar €25 milhões (aproximadamente $29,2 milhões) nos próximos seis a doze meses, concentrando-se em rodadas de pre-seed e seed com um tamanho de cheque habitual entre €500 mil e €1 milhão. A firma já fez dois investimentos em startups ucraniano-estonianas, como a FarSight Vision, especializada em análise geoespacial, e a Deftak, que desenvolve munições para drones.
Valuation
A Darkstar destaca que o campo de defesa na Europa está transformando as oportunidades de fundraising, incluindo startups que se adaptam rapidamente às necessidades emergentes de combate. Ragnar Sass, cofundador da Darkstar, mencionou a evolução do setor: “Isso é muito crítico, não apenas hoje, mas para os próximos 10 anos”. Essa abordagem permite que a Darkstar não apenas participe do levantamento de capital, mas também ajude as empresas a se adaptarem às exigências de compliance necessárias para operarem na Europa.
Investidores
A Darkstar já completou um primeiro fechamento de €15 milhões (cerca de $17,5 milhões), com apoio de empreendedores europeus, escritórios familiares, e o fundo estoniano de capital de risco SmartCap. Essa participação é notável, visto que muitos fundos têm relutância em investir em tecnologia de defesa sem aplicações civis. “Se você não tem conhecimento real na área, você está lutando”, afirmou Sass, referindo-se à urgência que a proximidade da Rússia traz para investigações mais profundas na defesa.
“Levei um bom tempo para entender mentalmente que eu queria estar envolvido em sistemas de armas.”
— Ragnar Sass, Cofundador, Darkstar
A Darkstar visa ampliar seu portfólio para incluir sistemas autônomos, defesa aérea, guerra eletromagnética e cibersegurança. A firma está atenta ao potencial de startups que podem se tornar alvos de aquisição por contratantes mais ricos, além de outras que podem alcançar receitas significativas de forma independente.
Com a evolução do mercado e a mudança na dinâmica de defesa na Europa, a Darkstar busca fomentar empresas de tecnologia que possam ter um impacto significativo, não apenas na linha de frente, mas também na arquitetura mais ampla da segurança no continente. A próxima fase envolverá a realização de bootcamps em Kyiv para fornecer suporte prático e testes de campo às startups selecionadas.
Fonte: (TechCrunch – Venture & Fundraising)
