Estudo revela que radares podem alertar civilizações alienígenas

São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa da Universidade de Manchester revela que sistemas de radar da Terra, tanto civis quanto militares, podem servir como “marcadores” para a detecção de civilizações extraterrestres. Os cientistas analisaram como as emissões eletromagnéticas não intencionais desses radares podem ser percebidas a distâncias interstelar.
Contexto da descoberta
A busca por sinais de vida inteligente fora da Terra, conhecida como SETI, tradicionalmente enfoca transmissões deliberadas. No entanto, este estudo inova ao investigar a radiação resultante de radares civis e militares, que são fundamentais para a infraestrutura de qualquer civilização avançada.
Métodos e resultados
O estudo considerou a distribuição global de radares e seu impacto na estrutura temporal da assinatura de rádio da Terra, observada a partir de seis sistemas estelares específicos, incluindo a estrela Barnard e LHS 475. Os pesquisadores descobriram que os sistemas de radar de aeroportos emitem um sinal combinado de 2 x 1015 watts, o que poderia ser detectado a até 200 anos-luz de distância por telescópios comparáveis ao Green Bank Telescope.
“Esse sinal seria claramente artificial para quem estivesse observando de distâncias interestelares com potentes telescópios de rádio”
(“This would look clearly artificial to anyone watching from interstellar distances with powerful radio telescopes.”)— Ramiro Caisse Saide, Pesquisador, Universidade de Manchester
Implicações e próximos passos
Os sistemas radar militares geram um padrão distinto, semelhante ao feixe de um farol, com emissão pico acumulada de cerca de 1 x 1014 watts. “Isso poderia aparecer até cem vezes mais forte a partir de certos pontos no espaço, dependendo da localização do observador”, explica Saide.
Esses achados não apenas orientam a busca por civilizações extraterrestres, mas também aumentam a compreensão de como a tecnologia humana pode ser percebida a partir do espaço. A pesquisa define um caminho para identificar assinaturas tecnológicas e aprimorar a proteção do espectro de rádio para comunicações futuras.
O estudo foi apresentado na National Astronomy Meeting 2025 em Durham, Reino Unido, destacando a importância de métodos para modelar e detectar sinais fracos para outros campos, como defesa planetária e monitoramento do impacto da tecnologia no ambiente espacial.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)