São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa revela a descoberta de três novas espécies do gênero Pristimantis, uma notável contribuição para a diversidade de rãs na região dos Andes peruanos. Com 619 espécies até o momento, Pristimantis é o grupo de anfíbios mais diversificado já registrado.
Contexto da descoberta
Os herpetologistas descreveram as novas espécies nas montanhas ricas em biodiversidade do noroeste do Peru, especificamente nas áreas montanhosas ao norte do Abra de Porcuya. Essas regiões são conhecidas por suas florestas elfinas e paramos. Os recém-identificados membros incluem Pristimantis chinguelas, Pristimantis nunezcortezi, e Pristimantis yonke.
Métodos e resultados
As novas espécies foram documentadas por uma equipe de pesquisadores que utilizaram métodos científicos padrões, incluindo observação direta em seus habitats naturais. O Pristimantis chinguelas, por exemplo, foi encontrado em um penhasco e tem um corpo característico, com tubérculos proeminentes em ambos os lados. A captura ocorreu a aproximadamente 3.000 metros acima do nível do mar, evidenciando a adaptabilidade das rãs a ambientes elevados.
“Essas rãs são lembretes poderosos de quanto ainda não sabemos sobre os Andes.”
(“But these frogs are powerful reminders of how much we still don’t know about the Andes.”)— Dr. Germán Chávez, Herpetologista, Instituto Peruano de Herpetología
A equipe observou sinais de degradação do habitat, incluindo danos por incêndios e expansão agrícola na Cordilheira de Huancabamba, uma região cada vez mais ameaçada.
Implicações e próximos passos
A pesquisa destaca a importância da conservação em uma área crítica que serve como um arquivo vivo de biodiversidade. Embora as três novas espécies tenham sido classificadas como Dados Deficientes segundo os critérios da IUCN, o estudo ressalta a necessidade de mais investigações para compreender completamente o impacto das mudanças ambientais na fauna local.
“A Cordilheira de Huancabamba não é apenas uma cadeia remota — é um arquivo vivo de biodiversidade e legado cultural.”
(“The Cordillera de Huancabamba is not just a remote range — it’s a living archive of biodiversity and cultural legacy.”)— Dr. Wilmar Aznaran, Herpetologista, Instituto Peruano de Herpetología
As próximas etapas envolvem monitoramento contínuo e estudos adicionais para mapear a extensão das espécies e seu habitat, potencialmente levando a novas descobertas em uma área ainda inexplorada.
A descoberta dessas novas espécies de rãs não apenas enriquece a biologia dos anfíbios, mas também destaca a necessidade premente de conservação nas regiões montanhosas do Peru, onde a biodiversidade está ameaçada.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)
