
Nova Delhi — InkDesign News — A Índia está promovendo uma revolução em inteligência artificial ao implantar mais de 18.000 GPUs, incluindo quase 13.000 chips de alto desempenho H100, para apoiar startups indiana, com o objetivo de posicionar o país como um líder em tecnologia global.
Contexto da pesquisa
O impulso da Índia em direção ao aprofundamento técnico, especificamente em inteligência artificial (IA), é motivado pela ambição de criar soluções que reflitam as realidades linguísticas e culturais do país e do Sul Global. Abhishek Singh, CEO da IndiaAI e oficial do Ministério da Eletrônica e Tecnologia da Informação (MeitY), destaca que a iniciativa está alinhada com investimentos que podem alcançar US$ 12 bilhões em pesquisa e desenvolvimento ao longo dos próximos cinco anos. Além disso, parte significativa desse investimento está sendo direcionada para um fundo de US$ 1,2 bilhão destinado a inovações em tecnologia profunda no setor privado.
Método e resultados
A infraestrutura de IA inclui a criação de um repositório nacional de conjuntos de dados multilíngues e o estabelecimento de laboratórios de IA em cidades menores. Segundo dados disponíveis, mais de 500 aplicações foram recebidas de startups interessadas em utilizar IA em setores como saúde, governança e agricultura. A seleção dessas startups baseia-se em critérios como acesso a dados de treinamento, profundidade de talento, adequação ao setor e potencial de escalabilidade.
“Já anunciamos apoio à Sarvam, e 10 a 12 startups adicionais serão financiadas somente para modelos fundamentais.”
(“We’ve already announced support for Sarvam, and 10 to 12 more startups will be funded solely for foundational models.”)— Abhishek Singh, CEO da IndiaAI
Implicações e próximos passos
Entretanto, a abordagem da Índia rumo à IA não é isenta de controvérsias. Algumas iniciativas, como a Sarvam, optaram por modelos fechados, o que levanta questões sobre a transparência e a abertura na pesquisa voltada ao bem público. Amlan Mohanty, especialista em políticas de IA, argumenta que “a verdadeira soberania deve ser baseada na abertura e transparência”, citando exemplos de projetos que, apesar de sua complexidade técnica, foram disponibilizados para uso comercial de forma aberta.
“A verdadeira soberania deve ser baseada na abertura e transparência.”
(“True sovereignty should be rooted in openness and transparency.”)— Amlan Mohanty, Especialista em Políticas de IA
À medida que o país avança no desenvolvimento de modelos de IA, desafios éticos, como o equilíbrio entre inovação e responsabilidade, continuarão a demandar atenção. A adoção eficaz e ética da IA nos próximos anos dependerá de um compromisso com a transparência e a inclusão de diversas vozes na roda de inovação tecnológica.
Em suma, a abordagem da Índia não apenas busca fortalecer suas capacidades internas em IA, mas também pretende posicionar o país como um ator chave no cenário tecnológico global.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)