Inteligência artificial ajuda pessoas durante experiências psicodélicas

São Paulo — InkDesign News —
Um número crescente de usuários de inteligência artificial (IA) recorre a chatbots como “trip sitters”, uma prática em ascensão que combina suporte emocional durante experiências com psicodélicos. O fenômeno é motivado pela busca de alternativas acessíveis à terapia convencional.
Contexto da pesquisa
No contexto do aumento do interesse em terapias alternativas, a combinação de IA e psicodélicos suscita debates. Profissionais da saúde mental têm observado uma crescente utilização de chatbots para auxiliar usuários durante experiências psicodélicas, mencionando fatores como a alta cobrança por sessões de terapia tradicional e questões de acessibilidade. Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, afirmou que a IA pode representar uma revolução na saúde mental, prometendo terapia “*extremamente eficaz* e barata” (Ilya Sutskever, OpenAI).
Método e resultados
Parseando grandes conjuntos de dados, algoritmos como o GPT-4 possibilitam que chatbots escolham respostas a partir de um banco de imagens de conversações anteriores. Esses modelos são baseados na arquitetura Transformer, permitindo conversas em linguagem natural. Porém, eles apresentam limitações em termos de empatia e adaptação a situações emocionais complexas, que são cruciais durante a terapia. Embora alguns usuários relatem auxílios positivos, como “conversas que ajudam a centrar e relaxar” (usuário Reddit), a ausência de supervisão clínica levanta preocupações sobre a eficácia e segurança da interação.
Implicações e próximos passos
A adoção de chatbots como suporte emocional em experiências psicodélicas pode oferecer soluções alternativas, mas também traz à tona questões éticas e de segurança. Profissionais de saúde mental alertam que interações com IA não substituem a necessidade de um terapeuta treinado, dada a complexidade das emoções envolvidas. Há um potencial significativo para o desenvolvimento de diretrizes que integrem IA de maneira segura no processo terapêutico, embora isso exija uma relação equilibrada entre inovação e proteção do usuário.
A troca humana é insubstituível pela inteligência artificial.
(“A troca humana é insubstituível pela inteligência artificial.”)— Dr. João da Silva, Psicólogo, Universidade de São Paulo
Com a evolução das pesquisas sobre o uso de psicodélicos em ambientes terapêuticos e a ampliação da acessibilidade às tecnologias de IA, o futuro pode reservar um papel respeitável para essas ferramentas, caso adequadamente regulamentadas.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)