
São Paulo — InkDesign News — Um novo estudo revela que a poeira lunar pode não ser tão prejudicial aos humanos quanto se pensava anteriormente. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sydney descobriram que a toxicidade da poeira lunar é inferior à da poluição do ar em ruas movimentadas.
Detalhes da missão
Durante as missões Apollo, preocupações sobre os efeitos da poeira lunar na saúde dos astronautas surgiram quando a poeira, carregada estaticamente, aderia aos trajes espaciais. Após retornar às naves, os astronautas relataram problemas respiratórios temporários. Como exemplo, o astronauta da Apollo 17, Harrison Schmitt, descreveria a experiência como tendo “febre do feno lunar”.
Tecnologia e objetivos
Michaela Smith, doutoranda da mesma instituição, conduziu experimentos utilizando simulantes lunares que replicam as características da poeira lunar. Esses simulantes, com partículas menores que 2,5 micrômetros, foram comparamos com a poeira do ar de ruas de Sydney. Os resultados indicam que, embora a poeira lunar cause irritação, ela é significativamente menos tóxica que a poluição urbana. Smith observa:
“É importante distinguir entre um irritante físico e uma substância altamente tóxica.”
(“It’s important to distinguish between a physical irritant and a highly toxic substance.”)— Michaela Smith, Doutoranda, Universidade de Tecnologia de Sydney
Próximos passos
Esta pesquisa é promissora para a NASA, que se prepara para a missão Artemis 3, marcando o retorno de humanos à superfície lunar desde 1972. Entre as estratégias, há planos para fixar os trajes espaciais no exterior da nave lunar, permitindo que os astronautas entrem e saiam por uma câmara de descompressão, minimizando a entrada de poeira no interior da cabine. Os dados obtidos também sugerem que a poeira lunar não representa risco de doenças crônicas, como a silicose, diferentemente de materiais típicos encontrados em ambientes de construção, o que a equipe de pesquisa considera um avanço na segurança para futuras explorações lunares.
Os achados de Smith foram publicados na revista Life Sciences in Space Research, indicando que a questão da poeira lunar, embora ainda exigente, pode ser menos problemática do que se imaginava. Este conhecimento avança os esforços da exploração espacial e contribui para a compreensão dos desafios da saúde humana em ambientes extraterrestres, um fator crucial para missões prolongadas no espaço.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)