
Anchorage, AK — InkDesign News — Christoph Keller, diretor do Observatório Solar Nacional, alertou durante a 246ª reunião da Sociedade Americana de Astronomia sobre os efeitos devastadores do orçamento proposto para o ano fiscal de 2026, que poderia comprometer o funcionamento do Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST).
Detalhes da missão
O DKIST, que representa o mais avançado telescópio solar do mundo, foi inaugurado em 2020 após 25 anos de desenvolvimento e agora enfrenta uma possível redução drástica em seu financiamento. Keller destacou que, com um orçamento de apenas 13 milhões de dólares alocados, o telescópio não poderá operar adequadamente, pois o custo operacional inicial estimado gira em torno de 30 milhões de dólares por ano.
Tecnologia e objetivos
Localizado no cume do Haleakalā, em Maui, o DKIST é uma obra monumental, construída com 150 toneladas de aço. Segundo David Boboltz, diretor associado do DKIST, “é um local realmente bom, com baixa dispersão de luz e boas condições de observação.” O telescópio permite capturas de detalhes incomparáveis do Sol, sendo capaz de mostrar estruturas celulares do tamanho do Texas. Isso representa um salto significativo na capacidade humana de estudar nossa estrela em comparação com os seus predecessores.
“É literalmente o maior salto na capacidade da humanidade de estudar o sol a partir da superfície terrestre desde os tempos de Galileu.”
(“It’s literally the greatest leap in humanity’s ability to study the sun from the ground since Galileo’s time.”)— Jeff Kuhn, Professor, Instituto de Astronomia da Universidade do Havai
Próximos passos
Se o orçamento proposto for aprovado, o Observatório Solar Nacional terá apenas 4 milhões de dólares para operar todos os outros equipamentos, impossibilitando manutenção adequada e novas investigações. Consequentemente, se algo falhar, não haverá recursos para reparo. Além disso, Keller enfatizou que o Congresso tem a responsabilidade de reverter essa situação, lembrando a todos “que sabem o que fazer”.
“Se algo der errado; se algo realmente falhar, não teremos o dinheiro para consertá-lo.”
(“If something goes wrong; if something really fails, we won’t have the money to fix it.”)— Christoph Keller, Diretor, Observatório Solar Nacional
A situação do DKIST é ilustrativa do dilema que enfrenta a pesquisa espacial, com impactos que podem durar por décadas. O futuro do telescópio pode determinar o avanço no conhecimento sobre as dinâmicas solares e suas implicações na Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)