
São Paulo — InkDesign News — O uso de chatbots baseados em inteligência artificial, como o ChatGPT da OpenAI, está se expandindo rapidamente no setor educacional, gerando debates significativos sobre seus impactos e eficácia em ambientes de aprendizagem.
Contexto e lançamento
Recentemente, diversas universidades começaram a adotar serviços da OpenAI, desafiando as preocupações iniciais sobre a precisão das informações fornecidas por esses robôs conversacionais. Instituições como a Universidade de Maryland, a Duke University e a Universidade Estadual da Califórnia já firmaram parcerias com o ChatGPT Edu, parte do movimento maior da OpenAI para integrar a IA em todos os aspectos da vida universitária. Segundo o New York Times, a companhia pretende que todos os estudantes tenham uma “conta de IA personalizada” semelhante ao e-mail escolar ao ingressar na universidade.
Design e especificações
O ChatGPT Edu foi projetado para funcionar como tutor pessoal, assistente de professor e suporte para o desenvolvimento profissional dos alunos. No entanto, a implementação dessas tecnologias tem sido debatida em relação à sua eficácia real. Pesquisas indicam que esses sistemas tendem a provocar “alucinações” — gerações de informações fabricadas e, em muitos casos, imprecisas. Um estudo recente revelou que o modelo da OpenAI fornecia respostas “inaceitáveis” e “nocivas para o aprendizado” em aproximadamente 25% das interações.
Repercussão e aplicações
O ambiente educacional, que já demonstrava resistência ao uso da IA por temor de que estas tecnologias desestimulem o pensamento crítico, agora se vê em um cenário de aceitação gradual. “A dependência de IA pode corroer habilidades de pensamento crítico”, afirmam especialistas.
A dependência de IA pode corroer habilidades de pensamento crítico.
(“Reliance on AI can erode critical thinking skills.”)— Gizmodo
Ao mesmo tempo, outra pesquisa mostrou que a confiança excessiva em chatbots pode levar os alunos a evitarem desafios cognitivos, compensando suas dificuldades com respostas instantâneas e, por vezes, incorretas. Além disso, a promoção do uso de IA nas universidades pode prejudicar as interações sociais entre alunos e educadores, onde o contato humano é fundamental para a construção de relacionamentos e um senso de comunidade. “Um aluno que vai a um tutor estabelece conexões emocionais e de confiança”, destaca um pesquisador.
À medida que as universidades continuam a experimentar a aplicação desses sistemas, a discussão sobre as implicações éticas e educacionais desse fenômeno se intensifica. A tendencia é que a integração da inteligência artificial na educação permaneça em crescimento, levantando questões sobre como isso pode definir o futuro do aprendizado.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)