
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos, utilizando a sonda Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE) da NASA, realizaram observações detalhadas de uma estrela morta altamente magnética, conhecida como “magnetar”, durante uma explosão energética em 20 de agosto de 2024.
Detalhes da missão
A missão IXPE, lançada com o objetivo de estudar a polarização de raios-X emitidos por objetos compactos no universo, concentrou-se no magnetar 1E 1841-045, localizado a cerca de 28.000 anos-luz da Terra, na remanescente de supernova conhecida como Kes 73. Esta observação pela primeira vez permitiu medir a polarização dos raios-X durante uma fase ativa do magnetar.
Tecnologia e objetivos
O IXPE é equipado com instrumentos avançados que possibilitam Medições de Polarização de Raios-X, uma técnica inovadora que oferece insights sobre a geometria e os mecanismos de emissão de estrelas tão extremas quanto os magnetars. “Esta é a primeira vez que conseguimos observar a polarização de um magnetar em estado ativo, e isso nos permitiu restringir os mecanismos e a geometria de emissão que estão por trás desses estados ativos”, afirma Michela Rigoselli, pesquisadora do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF).
“Agora será interessante observar 1E 1841-045 uma vez que retorne ao seu estado quiescente para monitorar a evolução de suas propriedades polarimétricas.”
(“It will now be interesting to observe 1E 1841-045 once it has returned to its quiescent state to monitor the evolution of its polarimetric properties.”)— Michela Rigoselli, Pesquisadora, INAF
Próximos passos
Os pesquisadores planejam continuar as observações do magnetar a fim de aprofundar o entendimento sobre as propriedades polarimétricas e suas variações ao longo do tempo. A equipe também quem espera colaborar com outros estudos sobre fenômenos astrofísicos relacionados, contribuindo para o avanço do conhecimento sobre os ambientes extremos ao redor dos magnetars.
A pesquisa realizada demonstra um passo significativo na exploração espacial e no entendimento de estrelas de alta energia, contribuindo para a elucidação de fenômenos que até então eram apenas teorias. A confirmação do funcionamento interno dos magnetars pode abrir novas frentes em astrofísica e cosmologia.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)