
São Paulo — InkDesign News — O setor de fintech e pagamentos vive um momento de transformação significativa, com empresas que navegaram pela turbulência do mercado entre 2021 e 2024 emergindo como potências de crescimento consistente. Marcas pioneiras têm redefinido estratégias e ampliado o uso de tecnologia para se consolidar no ecossistema financeiro.
Rodada de investimento
Após quase uma década na Index Ventures, onde apoiou empresas de destaque como Plaid, Persona, Lithic e Pilot, Mark Goldberg fundou a Chemistry em 2024. O fundo de estágio inicial, estruturado junto com Kristina Shen e Ethan Kurzweil, levantou US$ 350 milhões para investir em startups de fintech. Essa movimentação reflete uma tendência crescente no capital de risco: investidores experientes migrando de grandes plataformas para fundos focados e boutique.
“We are in a period of what I’ll call fintech maximalism,”
— Mark Goldberg, fundador e GP da Chemistry
“Estamos em um período do que chamo de maximalismo em fintech,” diz Mark Goldberg, fundador e GP da Chemistry. “Por isso, refiro-me às empresas que cresceram nos últimos cinco a dez anos em fintech, aquelas que executaram silenciosamente durante o período turbulento de 2021 a 2024, emergindo como agentes compostos de crescimento que me deixam realmente impressionado.”
API e integração
O olhar de Goldberg para o setor destaca uma mudança do tradicional “fintech” para um enfoque mais amplo em tech-fin, onde a tecnologia é o motor central das soluções financeiras. A integração via APIs e a adoção de inovações tecnológicas têm ampliado o ecossistema, impactando áreas como prevenção à fraude e segurança. O impacto da inteligência artificial (IA) é um dos pontos que ele observa para 2025 e além, especialmente na detecção e mitigação de fraudes.
Regulação
Mesmo com expectativas adiadas de uma nova onda de IPOs de fintech, Goldberg alerta para o cenário regulatório e mercadológico que sugere um período prolongado de espera para ofertas públicas relevantes. O ambiente regulatório global, incluindo regimes de open banking e diretrizes como a PSD2, tende a exigir que as empresas ajustem seus modelos para acompanhar a evolução das regras e demandar maior resiliência e inovação.
A movimentação do mercado também revela um aumento na atividade de fusões e aquisições (M&A) e operações em mercados secundários, sinais de um ecossistema maduro buscando liquidez e sinergias.
O futuro das fintechs e pagamentos dependerá da capacidade dessas empresas em integrar tecnologias emergentes, responder à dinâmica regulatória e continuar inovando para atender às demandas do mercado.
Fintech e pagamentos seguem como alvos estratégicos no radar de investidores e empreendedores para os próximos anos, com expectativas de expansão e lançamentos que podem transformar ainda mais o cenário financeiro.
Fonte: (TechCrunch – Fintech & Pagamentos)