
São Paulo — InkDesign News — As instituições financeiras no Brasil apontam a manutenção de condições restritivas para a oferta de crédito, especialmente no setor imobiliário, conforme relatório divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira.
Panorama econômico
No segundo trimestre de 2023, o cenário macroeconômico brasileiro é impactado por uma inflação persistente e taxas de juros elevadas, como resultado das políticas monetárias adotadas para conter o aumento de preços. A percepção de risco no mercado de crédito, aliada ao comprometimento da renda dos consumidores, tem contribuído para uma retração nas concessões de financiamentos.
Indicadores e análises
Dados recentes do Banco Central revelam que, no primeiro trimestre deste ano, as instituições financeiras liberaram R$52,476 bilhões em crédito habitacional, o que representa uma queda de 4,6% em comparação ao último trimestre de 2024. Além disso, a taxa média de juros para financiamentos imobiliários subiu para 10,9% em março, contra 9,2% no mesmo mês do ano anterior. “O crédito habitacional enfrenta dificuldades ligadas ao custo e à disponibilidade de funding para as operações” (“The housing credit faces difficulties related to the cost and availability of funding for operations”) devido à inadimplência e ao aumento da aversão ao risco por parte dos bancos.
Impactos e previsões
Essas condições restritivas na oferta de crédito afetam diretamente o setor da construção civil e o mercado imobiliário, limitando o acesso das famílias à aquisição da casa própria. Os especialistas preveem uma continuidade dessa dificuldade, com impactos significativos na atividade econômica e no consumo em geral. “As condições de oferta de crédito no segundo trimestre deste ano devem seguir restritivas” (“The conditions for credit supply in the second quarter of this year should remain restrictive”), afirmou o Banco Central.
Com a expectativa de manutenção das taxas de juros elevadas e a pressão inflacionária persistente, as instituições e os consumidores deverão se adaptar a um ambiente financeiro desafiador. As próximas decisões de política monetária e ajustes fiscais serão cruciais para determinar a trajetória futura do crédito e da atividade econômica no Brasil.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)