
São Paulo — InkDesign News — Em abril de 2025, os preços dos aluguéis residenciais no Brasil aumentaram 1,25%, superando a inflação de 0,43% no mesmo período, segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial. Este aumento evidencia o impacto de fatores econômicos que afetam o mercado imobiliário.
Panorama econômico
O comportamento do mercado de aluguéis reflete um cenário econômico complexo, marcado por decisões de política monetária que incluem o aumento da taxa Selic. Este cenário tende a moderar a capacidade de compra dos consumidores, enquanto a demanda por moradia se mantém elevada, especialmente nas regiões metropolitanas. As recentes políticas fiscais também têm contribuído para um ambiente de inflação em alta, refletindo a pressão sobre os preços dos ativos.
Indicadores e análises
A valorização mensal do preço do aluguel foi observada em 34 de 36 cidades monitoradas, com unidades de um dormitório apresentando alta de 1,74%, em comparação aos 1,06% de imóveis com três dormitórios. Nos primeiros quatro meses de 2025, o índice acumulou 4,51% de elevação, em contraste com a inflação de 2,48% do período. “Com mais pessoas empregadas e com renda, a demanda por moradia aumenta, especialmente nos grandes centros urbanos”, analisa Paula Reis, economista do DataZAP.
“A taxa de desemprego ficou em 7% no trimestre encerrado em março, segundo dados do IBGE”
(“The unemployment rate was 7% for the quarter ending in March, according to IBGE data.”)— Paula Reis, Economista, DataZAP
Impactos e previsões
O aumento dos aluguéis tem consequências diretas na economia das famílias e na dinâmica do mercado imobiliário. A tendência, segundo especialistas, é que a variação dos aluguéis permaneça acima da inflação, com desafios adicionais provenientes da desaceleração no setor de vendas. “A desaceleração vista em 2024 pode ser revertida devido ao cenário de restrição no mercado de vendas”, prevê Reis.
Com o preço médio da locação em R$ 48,66/m², São Paulo se destaca com a média mais alta, atingindo R$ 60,45/m², seguida por Belém (PA) e Recife (PE). A conjuntura sugere que o setor de aluguel deve continuar a se expandir, impulsionado pela pressão no mercado de vendas e pela crescente capacidade de consumo.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)