
São Paulo — InkDesign News — O recente relatório da Ookla revela que a lacuna digital nos Estados Unidos se agravou em 32 estados, evidenciando a complexidade e a necessidade de um acesso à internet de alta velocidade, além da mera conectividade.
Contexto e lançamento
Desde o aumento da demanda por conexão à internet devido à pandemia, a discussão sobre a inclusão digital se tornou ainda mais pertinente. A Federal Communications Commission (FCC) reformulou, pela primeira vez em uma década, os padrões mínimos para a velocidade de banda larga, elevando-os de 25 megabits por segundo para 100 Mbps de download e 20 Mbps de upload. Apesar dessa mudança, o novo relatório da Ookla, que analisou dados entre julho e dezembro de 2024, aponta que apenas 22 estados estão atendendo a essa nova norma. Esse número é expressivamente melhor quando comparado a nove estados no primeiro semestre de 2024, mas ainda representa um desafio significativo para a inclusão digital.”
A mudança “atrasada” está alinhada com a Lei de Infraestrutura Bipartidária e “ajuda a identificar melhor a extensão em que bairros de baixa renda e comunidades rurais estão sendo negligenciados.”
(“the ‘overdue’ change aligned with the Bipartisan Infrastructure Law and ‘helps us better identify the extent to which low-income neighborhoods and rural communities are underserved.’”)— Jessica Rosenworcel, Chairwoman, FCC
Design e especificações
A proposta da FCC significa não apenas um aumento na velocidade, mas também um reconhecimento de que a qualidade da conexão é tão crítica quanto o acesso. No entanto, o relatório da Ookla indica que as melhorias foram percebidas principalmente em áreas urbanas, o que resultou em um aprofundamento da desigualdade nas comunidades rurais, especialmente em estados como Washington, Oregon, Illinois e Missouri. Apesar das críticas ao fim do Affordable Connectivity Program (ACP), que oferecia créditos mensais a famílias de baixa renda, ainda há otimismo em relação a futuras melhorias na infraestrutura. O FCC observou que, de junho de 2023 a 2024, o número de locais com serviços de banda larga que atendem aos padrões mínimos aumentou em 2,6 milhões.
Repercussão e aplicações
A crescente desiguldade digital nos EUA mobiliza esforços governamentais e iniciativas privadas, embora o caminho ainda pareça longo. A pesquisa de Ookla sugere que o encerramento do ACP pode ter contribuído para essa ampliação da lacuna digital, e a expectativa é de que as consequências se intensifiquem até o final de 2025. Além disso, a recente contestação do ex-presidente Donald Trump ao Digital Equity Act, rotulando-o de “racista” e “constitucional”, trouxe à tona novas discussões sobre como o acesso à internet é gerido no país. A comunidade continua atenta às possibilidade de avanço, com projetos como o Digital Equity Capacity Grant program sendo vistos como potencias facilitadores dessa evolução.
Olhando para o futuro, espera-se que a adoção de fundos governamentais e programas de expansão leve a melhorias contínuas na cobertura de banda larga, levando em conta a necessidade urgente de se garantir igualdade de acesso à tecnologia, especialmente para as comunidades mais afetadas.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)