
Lisboa, Portugal — InkDesign News — Com mais de 98% das urnas apuradas nas eleições gerais de 18 de maio de 2025, Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), está projetado para vencer a disputa pelo cargo de primeiro-ministro em Portugal. Montenegro reuniu cerca de 32% dos votos, superando os candidatos Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista (PS), e André Ventura, do Chega, ambos tecnicamente empatados com cerca de 20%.
Contexto político
A Aliança Democrática, composta pelo Partido Social-Democrata (PSD) liderado por Luís Montenegro e pelo conservador CDS-PP, governava o país após vitória em março de 2024 com 28,8% dos votos, ultrapassando o Partido Socialista, que obteve 28%. Contudo, em março de 2025, Montenegro perdeu um voto de confiança no Parlamento, desencadeado pela oposição que questionou a integridade do primeiro-ministro em relação às negociações da empresa de consultoria de sua família. Essa crise política levou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.
Reações e debates
André Ventura, líder do partido de ultradireita Chega, comemorou o empate técnico com o Partido Socialista, afirmando, “Aparentemente é um resultado histórico. Se matou hoje o bipartidarismo em Portugal”
(“Apparently this is a historic result. Bipartisanship in Portugal died today”). Montenegro, por sua vez, mantém postura firme de rejeição a acordos com o Chega e promete continuidade no rumo traçado na legislatura anterior, com foco na redução de impostos, controle da imigração e enfrentamento da crise imobiliária.
“Aparentemente é um resultado histórico. Se matou hoje o bipartidarismo em Portugal”
(“Apparently this is a historic result. Bipartisanship in Portugal died today”)— André Ventura, Líder do Chega
“Temos que aguardar até o fim da noite para aguardar os resultados”.
(“We have to wait until the end of the night to see the results.”)— André Ventura, Líder do Chega
Desdobramentos e desafios
Apesar da vitória projetada de Montenegro, o resultado não garante automaticamente sua nomeação como primeiro-ministro. É necessário que o presidente da República consulte os partidos que elegeram parlamentares para a Assembleia da República antes de nomeá-lo. Montenegro não obteve maioria absoluta no Parlamento, o que pode dificultar a formação de um governo estável. A colisão entre a rejeição ao Chega e o impasse parlamentar torna o cenário político português volátil para as próximas semanas.
A eleição marca um momento de transição no sistema político português, com o bipartidarismo tradicional enfraquecido e maior fragmentação representativa. O desempenho dos partidos nas próximas fases legislativas pode redefinir o equilíbrio de poder e as políticas públicas, impactando temas cruciais como economia, imigração e habitação.
Em síntese, as eleições antecipadas abriram um novo capítulo na política portuguesa, cujo desfecho dependerá das negociações parlamentares e das ações do presidente da República, influenciando o rumo político do país nos próximos anos.
Fonte: (CNN Brasil – Política)