
São Paulo — InkDesign News — A descoberta do cometa interstelar 3I/ATLAS, que pode ter mais de 3 bilhões de anos, foi anunciada por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, liderada pelo astrônomo Matthew Hopkins.
Contexto da descoberta
O 3I/ATLAS é o segundo cometa interstelar já observado e destaca-se por potencialmente ter se formado antes da existência do nosso sistema solar, que possui cerca de 4,5 bilhões de anos. Segundo Dr. Hopkins, “todos os cometas não interstelar, como o cometa Halley, se formaram junto com o nosso Sistema Solar, portanto, têm até 4,5 bilhões de anos.” (“All non-interstellar comets such as Halley’s comet formed with our Solar System, so are up to 4.5 billion years old.”)
Métodos e resultados
A pesquisa sugere que o 3I/ATLAS apresenta uma trajetória distinta, oriunda do “disco espesso” da Via Láctea, repleta de estrelas antigas. Esta nova análise previu que o cometa é rico em gelo de água, uma característica comum de objetos dessa região galáctica.
O modelo estatístico utilizado pelos cientistas para avaliar a idade do cometa indicou uma probabilidade de dois terços de que ele seja mais antigo do que o sistema solar. “Acreditamos que há uma probabilidade de dois terços de que este cometa seja mais antigo que o Sistema Solar, e que ele tem vagado pelo espaço interstelar desde então,” afirmou Chris Lintott, professor da Universidade de Oxford.
Implicações e próximos passos
Conforme o 3I/ATLAS se aproxima do Sol, a luz solar irá aquecer sua superfície, ativando a atividade cometária, que inclui a liberação de vapor e poeira, resultando em uma coma e cauda luminosas. Observações iniciais sugerem que o cometa já apresenta atividade, podendo ser maior que os anteriores 1I/ʻOumuamua e 2I/Borisov.
Essas descobertas podem impactar a forma como futuros telescópios, como o Vera C. Rubin Observatory, detectam objetos semelhantes. “Estamos em um momento empolgante: 3I/ATLAS já está mostrando sinais de atividade,” completou a astrônoma Michele Bannister.
As implicações dessa pesquisa vão além, sugerindo que cometas interstelar antigos possam desempenhar um papel crucial na formação de estrelas e planetas através da galáxia.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)