Zirconitas antigas revelam impacto de meteoro de 1 bilhão de anos

São Paulo — InkDesign News — Um recente estudo reavaliou o impacto de um meteorito na Escócia, datando a colisão em 990 milhões de anos atrás, aproximadamente 200 milhões de anos mais tarde do que se acreditava anteriormente. Essa descoberta altera significativamente a compreensão da história geológica da região e da evolução da vida terrestre.
Detalhes da missão
Os pesquisadores inicialmente consideraram que o meteorito havia atingido a Terra há 1,17 bilhões de anos, criando a camada de rochas conhecida como Membro Stac Fada, localizada no noroeste da Escócia. O estudo recente, publicado na revista Geology, utilizando análises de cristais de zircão, estabeleceu a data correta de impacto.
Tecnologia e objetivos
A equipe de pesquisa focou na análise de cristais de zircão, que são extremamente resistentes e preservam registros geológicos por bilhões de anos. O zircão contém pequenas quantidades de urânio, um elemento radioativo que se transforma em chumbo ao longo do tempo. “O decaimento do urânio para chumbo é como um relógio de tempo, portanto, quando o meteorito atingiu as rochas, ele ‘resetou’ o relógio de tempo nos cristais de zircão”, explica Tony Prave, geocientista emérito da Universidade de St Andrews.
(“The decay of uranium to lead is like a time clock hence, when the meteorite impacted the rocks, it ‘reset’ the time clock in the zircon crystals.”)— Tony Prave, Geocientista, Universidade de St Andrews
Próximos passos
Embora a nova data ajude os pesquisadores a compreender melhor a geologia antiga da Escócia e a vida de água doce primitiva, muitos aspectos sobre o impacto permanecem desconhecidos, como o tamanho do meteorito. Prave menciona que “básicamente, teremos que esperar mais alguns milhões de anos para que as montanhas torridonianas sejam erodidas e possamos descobrir o impacto por baixo delas”.
(“Basically, we’ll have to wait another few tens of millions of years for the Torridonian mountains to be eroded away to see if we can find the impact beneath those.”)— Tony Prave, Geocientista, Universidade de St Andrews
Essa pesquisa não só redefine a cronologia geológica do Reino Unido, mas também oferece um olhar inovador sobre a vida microbiana primitiva e sua resiliência em ambientes alterados por eventos catastróficos, ressaltando a relevância contínua dos estudos geológicos para a compreensão da evolução da vida na Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)