Webb celebra 3 anos com nova imagem da Nebulosa da Pata do Gato

São Paulo — InkDesign News — Astrônomos utilizaram o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA para capturar imagens da Nebulosa da Patinha de Gato, revelando novos detalhes sobre esta região de formação estelar.
Contexto da descoberta
A Nebulosa da Patinha de Gato, também conhecida como NGC 6334, está localizada na constelação de Escorpião, a aproximadamente 5.500 anos-luz da Terra. Esta zona de formação estelar foi descoberta pelo astrônomo inglês John Herschel em 1837 e é estimada em cerca de 80 a 90 anos-luz de diâmetro.
Identificada como um dos mais ativos “nurseries” estelares do céu noturno, esta nebulosa abriga milhares de jovens estrelas quentes, cuja luz visível não chega até nós, sendo responsável por muitos dos processos dinâmicos observados.
Métodos e resultados
A nova imagem foi obtida com o instrumento NIRCam do Webb, revelando detalhes estruturais inexplorados. A equipe explicou que “as estrelas jovens e massivas estão esculpindo o gás e a poeira próximos, enquanto sua luz intensa está criando um brilho nebuloso representado em azul” (
As estrelas jovens e massivas estão esculpindo o gás e a poeira próximos, enquanto sua luz intensa está criando um brilho nebuloso representado em azul
(“Massive young stars are carving away at nearby gas and dust, while their bright starlight is producing a bright nebulous glow represented in blue.”)— Astrônomos do Webb
). Essa imagem fornece um novo olhar sobre o impacto temporário de estrelas jovens sobre o ambiente de formação estelar.
Os pesquisadores notaram que zonas com poucas estrelas podem indicar a presença de filamentos densos de poeira que abrigam estrelas em formação, bloqueando a luz das estrelas ao fundo. Regiões avermelhadas na imagem apontam áreas onde a formação estelar é ativa, embora obscura, sugerindo um cenário dinâmico e em constante mudança.
Implicações e próximos passos
A pesquisa destaca que o comportamento das estrelas massivas pode eventualmente interromper o processo de formação estelar na região. A observação de estruturas como a “Casa de Ópera” e suas camadas de poeira fornece informações cruciais sobre a natureza efêmera da formação estelar.
A equipe sugere que “a luz das estrelas amarelas brilhantes, ou de uma fonte próxima ainda oculta, é responsável pelo brilho na região inferior” (
A luz das estrelas amarelas brilhantes, ou de uma fonte próxima ainda oculta, é responsável pelo brilho na região inferior
(“The primary drivers for the area’s cloudy blue glow are most likely toward its bottom: either the light from the bright yellowish stars or from a nearby source still hidden behind the dense, dark brown dust.”)— Astrônomos do Webb
). Esses dados podem ser vitais para entender as vidas das estrelas e seu impacto nos ambientes onde se formam.
O impacto prático desta pesquisa poderá impulsionar futuras investigações sobre a formação de estrelas massivas e como suas interações influenciam o ambiente galáctico, abrindo novas linhas para a astronomia.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)