
Brasília — InkDesign News — Uma pesquisa revela que mais de 80% dos estudantes brasileiros estão prestando mais atenção nas aulas após a proibição do uso de celulares em sala de aula, conforme dados coletados entre maio e julho de 2025.
Contexto educacional
Nos últimos anos, a discussão sobre o uso de smartphones no ambiente escolar tem ganhado destaque no Brasil. O impacto do uso desenfreado dessas tecnologias tem sido objeto de preocupação por parte de educadores, gestores e autoridades governamentais. Indicadores recentes apontam que, enquanto muitos estudantes se distraem com dispositivos móveis, o foco e a atenção nas atividades acadêmicas tendem a diminuir, impactando diretamente o desempenho escolar. O investimento em políticas públicas voltadas para a educação, incluindo a criação de regulamentações sobre o uso de tecnologias em sala de aula, é essencial para a promoção de um ambiente educativo mais eficaz.
Políticas e iniciativas
A pesquisa realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação em parceria com o Equidade.info, do Lemann Center da Stanford Graduate School of Education, destaca a eficácia da nova legislação sancionada em janeiro de 2025. Com 2.840 alunos, 348 professores e 201 gestores envolvidos, os resultados mostram que 88% dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental I afirmam prestar mais atenção nas aulas sem as distrações proporcionadas pelos celulares. De acordo com o presidente da Frente, deputado Rafael Brito, “proteger nossos estudantes do uso do celular em sala de aula é garantir um ambiente mais saudável e focado no aprendizado.”
Desafios e perspectivas
Embora a pesquisa indique avanços positivos, como a diminuição do bullying virtual, a percepção de tédio e ansiedade entre os alunos aumentou. A pesquisa revela que 44% dos alunos sentem mais tédio durante os intervalos, e 49% dos professores relatam um aumento na ansiedade. A presidente do Equidade.info, Claudia Costin, enfatiza que, apesar da queda no bullying, “a pesquisa mostra avanços positivos no foco e na atenção dos alunos, mas as questões como tédio, ansiedade e bullying, ainda muito presentes entre os estudantes, indicam que ainda há desafios a serem enfrentados.”
É evidente que as escolas precisam desenvolver alternativas de interação e estratégias que considerem as particularidades de cada faixa etária, assegurando um ambiente escolar que promova o engajamento dos estudantes.
As expectativas para o setor educacional são de que as reformas implementadas conduzam a um aprimoramento sustentável no aprendizado, unindo foco acadêmico e bem-estar dos alunos em um contexto desafiador.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)