
CREDIT: New England Wildlife Center.
Cape Cod, Massachusetts — InkDesign News — Um jovem gaivota-de-cabeça-preta (Larus fuscus) foi resgatado por uma equipe veterinária do New England Wildlife Center após engolir um grande anzol de pesca na região de Cape Cod. O caso, ocorrido recentemente, destaca os perigos do descarte inadequado de equipamentos de pesca para a fauna marinha, segundo estudo apresentado pela equipe do centro.
O Contexto da Pesquisa
A ocorrência de aves marinhas, peixes e mamíferos acidentalmente enredados ou feridos por restos de equipamento de pesca abandonados representa um desafio crescente para a preservação da vida silvestre costeira. Episódios como este revelam o risco que o uso irresponsável e o abandono de linhas e anzóis apresentam ao ecossistema. O problema é recorrente em regiões costeiras dos Estados Unidos, como observa Dr. Priya Patel, veterinária responsável pelo procedimento de resgate:
A ocorrência de gaivotas com anzóis é na verdade muito comum.
(“The occurrence of gulls with hooks are actually very common.”)— Dr. Priya Patel, Veterinária, New England Wildlife Center
Pesquisas anteriores já haviam documentado lesões e até mortes de aves devido à ingestão ou enredamento em restos de linhas de pesca, ressaltando a necessidade de conscientização e melhores práticas entre pescadores e a sociedade.
Resultados e Metodologia
O exame de raio-X realizado no centro revelou que o anzol estava preso ao trato gastrointestinal da ave, perfurando até a cavidade corporal. O desafio cirúrgico foi agravado pela anatomia particular das aves: ao contrário dos humanos, elas possuem uma placa óssea chamada quilha, que protege órgãos internos e dificulta o acesso cirúrgico.
O mais desafiador foi garantir o acesso exato à localização do anzol sem a necessidade de uma grande incisão.
(“The most challenging part was making sure when we entered the body cavity exactly where the hook was located so we didn’t have to make a big incision.”)— Dr. Priya Patel, Veterinária, New England Wildlife Center
Utilizando radiografias e um endoscópio veterinário, a equipe conseguiu localizar o ponto exato do anzol, possibilitando a remoção hábil do artefato e da linha remanescente pela cavidade oral. Após o procedimento, a ave apresentou rápida recuperação, sem sinais de complicações internas. Após uma semana de monitoramento e medicação, foi transferida para um recinto externo, completando sua reabilitação antes de ser devolvida à natureza.
Implicações e Próximos Passos
O sucesso da intervenção ilustra as possibilidades do avanço veterinário aliado ao diagnóstico por imagem em casos de lesão por objetos estranhos em aves silvestres. O episódio reforça o alerta para a necessidade de campanhas educativas entre pescadores e frequentadores de áreas costeiras, visando a correta destinação de resíduos de pesca.
A equipe orienta a remoção responsável de linhas, anzóis e outros materiais do ambiente aquático, descartando-os de forma segura. A rápida liberação do animal de volta ao habitat demonstra a resiliência da fauna, mas destaca a importância da prevenção:
Com anzóis deste tamanho, normalmente há muitos danos internos. Essa gaivota teve muita sorte!
(“With a hook this large there is usually a lot of internal damage that also occurs. This gull got very lucky!”)— Dr. Priya Patel, Veterinária, New England Wildlife Center
A preocupação com o bem-estar animal e a saúde dos ecossistemas costeiros deve impulsionar políticas públicas mais rigorosas e iniciativas de pesquisa focadas na redução da poluição causada por equipamentos de pesca descartados. Pesquisadores ressaltam a necessidade de desenvolvimento de materiais biodegradáveis e estratégias de monitoramento, visando proteger as populações de aves e outros organismos marinhos ameaçados por este problema ambiental.
Fonte: (Popular Science – Ciência)