
São Paulo — InkDesign News — As vendas do varejo no Brasil registraram um crescimento de 0,6% em abril, conforme o Índice do Varejo Stone (IVS), apesar de um cenário de alta inflação que pressiona o consumo e a atividade econômica.
Panorama econômico
O ambiente econômico global continua afetando as decisões de política monetária no Brasil. A inflação elevada e a taxa de juros, que permanecem em patamares elevados, influenciam o comportamento do consumidor e a saúde financeira das famílias. O desempenho das vendas em abril, que apresenta uma leve recuperação, é analisado à luz de um contexto macroeconômico desafiador, onde a alta de preços e o desemprego são fatores cruciais a serem considerados.
Indicadores e análises
No comparativo anual, a alta das vendas se limita a 0,4%, e conforme ressalta Matheus Calvelli, pesquisador econômico, “Apesar da alta pontual em abril, é importante observar que o desempenho positivo se deve principalmente à baixa base de comparação, visto que março apresentou queda de 1,2%” (“Despite the momentary rise in April, it is important to note that the positive performance is mainly due to the low comparison base, since March showed a drop of 1.2%”). Sete dos oito segmentos avaliados tiveram crescimento mensal, com o setor de livros e papelaria liderando com 7%. Já o comércio digital cresceu 5,3% em abril, ainda que tenha registrado uma queda de 4,8% no comparativo anual.
Impactos e previsões
O especialista também enfatizou que a queda nas vendas de hipermercados e supermercados, que apresentaram uma retração de 2,2% no comparativo mensal, se alinha a uma estratégia de consumo antecipado da população, motivada pela inflação alta. “O segmento foi um dos poucos que apresentou resultado positivo em março, com alta de 2%” (“The segment was one of the few to show positive results in March, with a 2% increase”), explica Calvelli. Os dados revelam que 19 estados mostraram crescimento nas vendas, com destaque para o Acre, Amapá e Sergipe.
O futuro das vendas do varejo depende da monitorização de indicadores-chave como a taxa de desemprego, a criação de empregos formais e o nível de endividamento das famílias. As decisões de política monetária continuarão a ser uma peça fundamental na dinâmica do consumo.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)