Chicago — InkDesign News — A Tyson Foods, gigante norte-americana do setor de carnes, reportou lucro líquido de US$ 7 milhões no segundo trimestre fiscal de 2025, encerrado em 29 de março, refletindo impacto de provisões legais e desafios de mercado, em meio a cenário de inflação global e ajustes nas cadeias produtivas.
Panorama econômico
O resultado trimestral da Tyson Foods ocorre em um momento de instabilidade macroeconômica global, com pressões inflacionárias persistentes e ajustamentos nas taxas de juros pelos principais bancos centrais. O setor alimentício tem sido impactado por esses fatores, além das incertezas políticas e comerciais que influenciam os custos e a demanda. No contexto dos Estados Unidos, a atividade industrial e os dados do PIB indicam uma desaceleração moderada, mas ainda com demanda sólida para proteínas animais, que compõem a base da receita da Tyson Foods.
Indicadores e análises
O lucro líquido da Tyson caiu de US$ 145 milhões no mesmo período do ano anterior para apenas US$ 7 milhões, o equivalente a US$ 0,02 por ação, resultado que contrasta com o lucro ajustado, que cresceu 48%, alcançando US$ 0,92 por ação, superando a expectativa média dos analistas de US$ 0,83 por ação, segundo dados da FactSet.
A receita total permaneceu praticamente estável, em US$ 13,074 bilhões, ligeiramente abaixo da previsão do mercado, que estimava US$ 13,14 bilhões. A estabilidade nos volumes de venda, com quedas em carne bovina e suína compensadas por aumento no segmento de aves, reflete o equilíbrio entre oferta e demanda nos principais mercados da companhia.
A análise detalhada por segmentos indica aumento na receita da carne bovina em 4,9%, para US$ 5,196 bilhões, puxada pela elevação de 8,2% nos preços médios, apesar da redução de 1,4% no volume vendido. No segmento de aves, a receita subiu 1,9%, totalizando US$ 4,141 bilhões, motivada pelo crescimento de 3% no volume, mesmo com queda de 1,1% nos preços médios.
A venda de suínos registrou alta nos preços de 4,3% mas recuo no volume em 3,8%, totalizando US$ 1,244 bilhão, abaixo dos US$ 1,486 bilhão do ano anterior. O segmento de alimentos preparados teve leve retração na receita, -0,3%, para US$ 2,396 bilhões, com queda de 2,6% no volume, embora o preço médio tenha avançado 2,3%.
Entretanto, a receita bruta foi impactada negativamente por provisões legais de US$ 343 milhões, que reduziram o poder de precificação da empresa.
Impactos e previsões
“É necessário considerar que as provisões legais criticamente influenciaram os resultados financeiros, o que exige uma avaliação cuidadosa da sustentabilidade do crescimento no longo prazo.”
(“It is necessary to consider that legal provisions critically influenced the financial results, requiring careful assessment of the sustainability of growth in the long term.”)— Analista financeiro de mercado
A Tyson Foods projeta que a receita para o acumulado do ano fiscal de 2025 se mantenha estável ou apresente crescimento de até 1%, apesar dos desafios registrados no trimestre. O desempenho dos preços e volumes nos principais segmentos será decisivo para essa trajetória.
“Os ajustes recentes refletem um mercado em transição, onde a dinâmica dos preços e volumes será determinante para o posicionamento das empresas do setor.”
(“Recent adjustments reflect a transitioning market, where the dynamics of prices and volumes will be decisive for the positioning of companies in the sector.”)— Economista sênior, Instituto de Pesquisa Econômica
Os próximos trimestres deverão ser acompanhados de perto para avaliar o efeito das provisões legais e a resposta da cadeia produtiva diante da inflação persistente e possíveis alterações nos custos de insumos. A Tyson Foods enfrenta o desafio de equilibrar preços e volumes em um cenário econômico ainda volátil.
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Fonte: (CNN Brasil – Economia)
