São Paulo — InkDesign News — A participação acionária detida por fundos de investimento sob a gestão da Trustee no GPA foi reduzida para um percentual inferior a 5%, conforme divulgado nesta quarta-feira (7) pela rede de varejo alimentar dona da bandeira Pão de Açúcar, citando correspondência da gestora.
Panorama econômico
O cenário econômico global permanece marcado por decisões importantes de política monetária, incluindo a alta da Selic prevista pelo Copom e a manutenção das taxas de juros pelo Fed dos Estados Unidos, refletindo uma conjuntura de inflação ainda persistente e crescimento econômico moderado. A dinâmica envolve negociações comerciais internacionais, como as que começarão entre Brasil e China neste sábado, e impacta diretamente o ambiente de investimentos no país.
Indicadores e análises
A carta da Trustee não especifica o nome dos fundos, mas destaca-se que a gestora é responsável pelo fundo Saint German, controlado pelo investidor Nelson Tanure. Tanure vinha ampliando sua participação no GPA desde o ano passado e obteve recentemente um assento no conselho de administração da empresa. Anteriormente, ele detinha cerca de 7% das ações do GPA e, no final de março, propôs a destituição do atual conselho do varejista, indicando a eleição de novos membros, incluindo três representantes indicados por ele próprio.
No entanto, a entrada das chapas apoiadas pelo investidor Rafael Ferri e pela família Coelho Diniz, proprietária da rede de supermercados homônima, alterou o cenário de apoio às propostas de Tanure. Conforme comunicado, Ferri reduziu sua participação na companhia para 2,73%, incluindo derivativos, tendo alcançado 5,86% em meados de abril.
As ações do GPA registraram queda superior a 20%, encerrando o pregão a R$ 3,04, no quarto dia consecutivo de desvalorização, após movimentos de mercado influenciados pelas dinâmicas de controle acionário e confiança dos investidores.
Impactos e previsões
“Houve uma corrida pelas ações que não combina com o longo prazo”, disse Tanure.
(“There was a rush for the shares that doesn’t align with the long term.”)— Nelson Tanure, investidor e controlador do fundo Saint German
Em entrevista à Reuters, Tanure afirmou que possuía um plano audacioso para o futuro do GPA, mas, diante da falta de continuidade da chapa por ele proposta, optou por não seguir com o projeto.
“Decidimos não seguir com este projeto em que não acreditamos mais”.
(“We decided not to proceed with this project in which we no longer believe.”)— Nelson Tanure, investidor e controlador do fundo Saint German
O episódio reflete uma disputa interna pelo controle do GPA, que poderá influenciar decisões estratégicas futuras em uma das principais redes varejistas do país, afetando desde a estrutura de governança corporativa até a confiança do consumidor e investidores no desempenho da companhia.
O desdobramento desses eventos será observado atentamente pelo mercado, já que poderá indicar novas movimentações na composição acionária e estratégias para reposicionamento do GPA no setor varejista.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)
