Trump assina ordem executiva que promete reduzir preços de medicamentos

São Paulo — InkDesign News — O cenário dos preços de medicamentos nos Estados Unidos se torna um tópico cada vez mais intrincado e alarmante. Recentemente, após uma série de críticas contundentes sobre os preços exorbitantes dos medicamentos, o ex-presidente Donald Trump anunciou a assinatura de uma ordem executiva que visa reduzir esses custos, reintroduzindo uma política controversa de seu primeiro mandato.
Contexto e lançamento
O aumento incontrolável dos preços dos medicamentos prescritos nos EUA registrou uma elevação de 15,2% entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Um estudo da RAND revelou que os preços dos medicamentos nos EUA são cerca de 2,78 vezes mais altos do que em 33 outras nações. A ordem executiva anunciada por Trump promete reduzir os custos de medicamentos entre 30% e 80%, o que poderia economizar trilhões de dólares ao país.
Design e especificações
Em um comunicado no Truth Social, Trump destacou que a nova política, chamada de “MOST FAVORED NATION’S POLICY”, fará com que os EUA paguem os mesmos preços que o país que cobra menos no mundo. “I will be instituting a MOST FAVORED NATION’S POLICY whereby the [U.S.] will pay the same price as the Nation that pays the lowest price anywhere in the World. Our Country will be treated fairly, and our citizens Healthcare Costs will be reduced by numbers never even thought of before.”
(“Eu vou instituir uma POLÍTICA DE NACIONALIDADE MAIS FAVORECIDA onde os EUA pagarão o mesmo preço que o país que paga o menor preço em qualquer lugar do mundo. Nosso país será tratado de forma justa, e os custos de saúde de nossos cidadãos serão reduzidos por números que nunca antes se sonhou.”)
Repercussão e aplicações
No entanto, a proposta suscita ceticismo entre especialistas. Arthur Caplan, do NYU Langone Medical Center, comentou que “nós não vamos conseguir o preço pago pela África do Sul, Peru, Egito, Bolívia e Laos”. Além disso, análises recentes da Universidade do Sul da Califórnia indicam que políticas de nação mais favorecida podem ser facilmente manipuladas, levando as empresas a se retirarem de mercados externos para garantir preços mais altos nos EUA. Durante seu primeiro mandato, Trump tentou implementar uma política similar, mas foi bloqueado por um juiz federal. A nova ordem executiva, no entanto, é considerada mais abrangente do que a tentativa anterior, pois não se restringe a medicamentos cobertos pelo Medicare, mas abrange também os de Medicaid e seguros privados.
A ordem também orienta a Comissão Federal de Comércio a agir contra práticas anticompetitivas, buscando uma maior transparência no mercado. O ex-presidente ainda enfrenta críticas internamente, com senadores como Ron Wyden se manifestando contra a proposta, afirmando que “é o momento para Trump respeitar a lei que o Congresso aprovou sem diluí-la a pedido da Big Pharma”.
Futuramente, a eficácia dessa ordem executiva e seu impacto real nos custos dos medicamentos permanecerão incertos, assim como a possibilidade de resistência judicial. O contexto político em que se encontram os mercados de saúde e medicamentos continua a evoluir, com a proposta de Trump coincidindo com tentativas de cortes no Medicaid que podem afetar milhões de cidadãos.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)