São Paulo — InkDesign News — O presidente Donald Trump anunciou no sábado (10) que as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China progrediram, em meio a um aquecimento nas discussões sobre tarifas que impactam diretamente a inflação e a atividade econômica global.
Panorama econômico
Em um ambiente de tensão econômica global, as relações comerciais entre os dois países têm sido marcadas por tarifas elevadas impostas nos últimos anos. Recentemente, uma nova rodada de negociações ocorreu em Genebra, com representantes de ambos os lados tentando encontrar soluções para as barreiras tarifárias que têm resultado em um comércio muito prejudicado. O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, estiveram presentes nas conversas.
Indicadores e análises
Economistas destacam que os EUA impuseram uma tarifa média de 145% sobre produtos chineses, enquanto a China respondeu com tarifas de 125% sobre bens dos EUA. Esse cenário resultou em uma queda drástica no comércio bilateral; as remessas chinesas para os EUA atingiram US$ 33 bilhões em abril, um declínio de 21% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A atividade industrial na China também se contraiu no ritmo mais acelerado em 16 meses, aumentando a urgência das reformas econômicas por parte de Pequim.
“Uma reunião muito boa hoje com a China, na Suíça. Muitas coisas foram discutidas, muitas foram acertadas. Uma redefinição total foi negociada de forma amigável, mas construtiva.”
(“A very good meeting today with China, in Switzerland. Many things were discussed, many were set. A total redefinition was negotiated in a friendly but constructive manner.”)— Donald Trump, Presidente dos EUA
Impactos e previsões
Os efeitos das altas tarifas já estão sendo sentidos na sociedade americana, com previsão de que uma medida de inflação dobre para 4% até o final do ano. A combinação da diminuição das importações com o aumento dos custos já começa a elevar os preços aos consumidores. Para ilustrar, analistas do Goldman Sachs alertam que esse cenário implica em uma redução de 20% nas importações dos EUA em relação ao ano anterior. O impacto na indústria é significativo, com projeções de uma queda de 75% a 80% nas importações da China, segundo o banco de investimento JPMorgan.
“No entanto, uma solução definitiva requer paciência e determinação estratégicas suficientes.”
(“However, a definitive solution requires sufficient patience and strategic determination.”)— Xinhua, Agência de Notícias Estatal Chinesa
À medida que as negociações avançam, as expectativas são de que um acordo possa amenizar as tarifas, mas especialistas alertam que uma redução relevante ainda depende de um comprometimento genuíno das partes. Os EUA e a China, como as duas maiores economias do mundo, têm um papel crucial na estabilização do mercado global, e os desdobramentos das conversas em curso podem impactar não apenas suas economias, mas todo o sistema econômico global.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)
