
Image: Schon via Getty Images.
Madison, Universidade de Wisconsin — InkDesign News — Uma nova pesquisa divulgada pela National Energy Assistance Directors Association (NEADA) traz evidências de que o custo para aquecer residências nos Estados Unidos deve subir cerca de 7,6% no inverno de 2025, movimentando esforços para soluções mais eficientes, como o uso de bombas de calor. O estudo avalia a economia anual, a eficiência energética e a viabilidade tecnológica dessa alternativa em comparação a sistemas tradicionais de aquecimento.
O Contexto da Pesquisa
A busca por métodos mais econômicos e sustentáveis para aquecimento residencial tornou-se prioridade diante da alta dos preços de eletricidade e combustíveis fósseis. Pesquisas anteriores já destacavam a necessidade de alternativas menos poluentes e mais acessíveis financeiramente para famílias norte-americanas. A popularização das bombas de calor, tradicionalmente aplicadas em regiões de clima ameno, tem avançado também em áreas mais frias, impulsionada por avanços técnicos recentes.
Resultados e Metodologia
A análise realizada pela NEADA indica que a troca de sistemas de aquecimento convencionais por bombas de calor pode resultar em uma economia média de US$ 370 por ano para residências. Um estudo de 2021 estimou que “32% das casas dos EUA teriam benefício econômico com a instalação de uma bomba de calor e 70% apresentariam redução de emissões”
(“32 percent of US houses would benefit economically from installing a heat pump and 70 percent of United States homes would see emissions reductions”). O mesmo levantamento observa que o maior impacto ocorre na substituição de sistemas a óleo combustível, propano e eletricidade convencional.
Segundo Allison Mahvi, professora de engenharia mecânica da Universidade de Wisconsin-Madison, o desempenho eficiente das bombas de calor agora é possível mesmo em climas mais frios.
“É possível comprar uma bomba de calor para a maioria dos climas nos EUA e ela pode reduzir suas contas de energia.”
(“You can pretty much buy a heat pump for most climates in the US and it can lower your energy bills.”)— Allison Mahvi, Professora, Universidade de Wisconsin-Madison
O funcionamento da bomba de calor explora uma propriedade física elementar: o calor tende a migrar de áreas mais quentes para mais frias, mesmo em baixas temperaturas externas. O equipamento utiliza um fluido refrigerante extremamente frio, que absorve calor do ambiente externo, e, ao comprimir o gás, libera calor para o interior da residência. Entre as variantes, destacam-se os modelos ar-ar, ar-água e os geotérmicos, além de versões híbridas conectadas aos sistemas de calefação convencionais.
Implicações e Próximos Passos
O principal benefício observado é a alta eficiência energética do sistema: enquanto a relação entre energia elétrica consumida e calor gerado das bombas é de até quatro vezes superior à de caldeiras a gás, a tecnologia ainda apresenta potencial de aprimoramento. Modelos com velocidade variável e aprimoramentos em controles e vedação prometem ganhos adicionais de eficiência.
No entanto, obstáculos permanecem, caso do custo médio de instalação, estimado em US$ 10.750, e das recentes restrições aos créditos fiscais federais para equipamentos de eficiência energética nos EUA, vigentes até o final de 2025. Ainda assim, a adoção cresce: em 2024, as vendas de bombas de calor superaram as de fornos a gás em 32%, conforme dados da Air-Conditioning, Heating, and Refrigeration Institute.
“Já exploramos todas as opções com combustíveis fósseis, o que não acontece com as bombas de calor.”
(“We’ve done everything we’re going to do with fossil fuel, and that’s not the case with heat pumps.”)— Ian Shapiro, Professor, Syracuse University
Especialistas recomendam que consumidores avaliem já a viabilidade de adotar o sistema, para evitar decisões apressadas em emergências. O avanço da pesquisa aponta para prosseguimento no desenvolvimento de bombas de calor adaptadas a climas extremos e redução dos custos de instalação, definindo novos rumos para a climatização residencial.
Fonte: (Popular Science – Ciência)