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Ciência & Exploração

Tecnologia identifica riscos à saúde mental antes de sintomas

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Pittsburgh — InkDesign News — Um estudo inovador conduzido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh revela que dados coletados passivamente de sensores de celulares podem identificar comportamentos relacionados a uma gama ainda mais ampla de sintomas de transtornos mentais do que se pensava anteriormente. Publicado em 3 de julho de 2024, na revista JAMA Network Open, o trabalho sugere que, um dia, aplicativos móveis poderão contribuir significativamente para a avaliação e tratamento de sintomas de saúde mental.

O Contexto da Pesquisa

Os avanços recentes mostraram que sensores de smartphones já conseguem identificar comportamentos associados a transtornos mentais específicos, como agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno de personalidade narcisista. Entretanto, muitos sintomas comportamentais são compartilhados por diferentes desordens psiquiátricas, tornando desafiador o diagnóstico preciso.

“Os grupos de transtornos não costumam separar a natureza em seus pontos de ruptura.”
(“The disorder categories tend to not carve nature at its joints.”)

— Colin E. Vize, Professor Assistente, Universidade de Pittsburgh

O estudo atual amplia o entendimento sobre o potencial de dados passivamente colhidos, sinalizando que eles podem captar sintomas transdiagnósticos — comuns a múltiplas condições mentais.

Resultados e Metodologia

Liderado por Whitney Ringwald, professora da Universidade de Minnesota, a pesquisa analisou dados de 557 participantes do estudo Intensive Longitudinal Investigation of Alternative Diagnostic Dimensions (ILIADD), realizado em Pittsburgh na primavera de 2023. Os voluntários forneceram autoavaliações e permitiram o acesso a dados como localização via GPS, tempo em casa, distâncias percorridas, tempo andando/correndo/parado, uso da tela, chamadas realizadas e recebidas, status da bateria e horas de sono.
Com auxílio de uma ferramenta estatística (Mplus) e de um aplicativo desenvolvido na Universidade do Oregon, os cientistas encontraram correlações entre essas informações e seis dimensões sintomáticas: internalização, desapego, desinibição, antagonismo, transtorno do pensamento e sintomas somatoformes.
Adicionalmente, os pesquisadores observaram associação significativa entre os dados dos sensores e o chamado p-fator, um marcador geral que expressa o componente comum a variados sintomas psiquiátricos.

“Pode ser que consigamos coletar dados de forma não intrusiva, à medida que as pessoas vivem seu cotidiano, sem a necessidade de muitos questionários.”
(“But with passive sensing, we might be able to collect data unobtrusively, as people are going about their daily lives, without having to ask a lot of questions.”)

— Colin E. Vize, Professor Assistente, Universidade de Pittsburgh

Apesar dos resultados robustos, os autores alertam que os dados refletem médias populacionais, não diagnósticos individuais.

Implicações e Próximos Passos

O estudo aponta para um futuro no qual ferramentas digitais enriquecem a compreensão dos sintomas e ajudam pacientes cujas manifestações não se enquadram facilmente em uma única categoria diagnóstica. A possibilidade de analisar a vivência cotidiana por sensores pode oferecer um retrato mais completo e confiável da saúde mental, superando limitações dos tradicionais autorrelatos.
Vize enfatiza, contudo, que tais recursos devem servir de complemento, nunca substituindo o olhar clínico humano:

“Definitivamente não acho que possa substituir o tratamento. Seria uma ferramenta adicional para o clínico.”
(“Because I definitely don’t think it can replace treatment. It would be more of an additional tool in the clinician’s toolbox.”)

— Colin E. Vize, Professor Assistente, Universidade de Pittsburgh

Próximos desdobramentos devem incluir o aprimoramento de métodos para individualização dos dados, bem como a integração ética e segura dessas tecnologias à prática clínica.

Com as descobertas atuais, a pesquisa abre caminho para inovações que podem transformar o monitoramento da saúde mental e a precisão diagnóstica, embora ressalte que a complexidade do comportamento humano exigirá contínua investigação e cautela antes de mudanças na abordagem clínica convencional.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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