
São Paulo — InkDesign News — As políticas tarifárias da administração Trump têm gerado um impacto significativo, não apenas em pequenas e grandes empresas, mas também em um setor inesperado: as bibliotecas. Um novo relatório aponta que o sistema de empréstimo entre bibliotecas dos EUA está enfrentando desafios devido a essas mudanças econômicas.
Contexto e lançamento
Desde a implementação das tarifas, especialmente com a eliminação da isenção de de minimis, que permitia a importação de bens no valor de até 800 dólares sem tarifas, as interações entre bibliotecas internacionais têm se tornado problemáticas. Bibliotecas acadêmicas, que frequentemente trocam livros com instituições no exterior, agora se vêem em um impasse, resultando em materiais em trânsito que nunca chegam ao destino pretendido. Esse fenômeno destaca como políticas comerciais podem afetar a troca de conhecimento em escala global.
Design e especificações
A nova dinâmica tarifária mudou a maneira como as bibliotecas gerenciam seus empréstimos. “Os serviços de entrega de livros para empréstimo entre bibliotecas têm sido afetados de várias maneiras. Dependendo dos procedimentos adotados, algumas bibliotecas pararam de enviar ou receber livros dos EUA”, disse Heather Evans, bibliotecária da RMIT University na Austrália.
(“The tariffs have impacted interlibrary loans in various ways for different libraries,” Heather Evans, RMIT University)
Repercussão e aplicações
A obstrução no fluxo de livros tem gerado preocupações sobre a continuidade de práticas acadêmicas estabelecidas. Jessica Bower Relevo, diretora associada de compartilhamento de recursos na Biblioteca da Universidade de Yale, enfatizou a importância desses empréstimos: “Se não conseguirmos mais fazer isso e limitarmos o que nossos usuários podem acessar, isso pode, em última análise, prejudicar o progresso acadêmico.”
(“If we can’t do that anymore and we’re limiting what our users can access, then ultimately could hinder academic progress,” Jessica Bower Relevo, Yale University)
O impacto das tarifas sobre as bibliotecas se une a uma série de ações misivas em relação a instituições de ensino e bibliotecas públicas, que já enfrentam pressão de ativistas para censurar material considerado “woke”. As medidas também refletem uma tendência histórica de hostilidade do governo em relação ao setor de bibliotecas. O futuro da prática de troca de livros ainda permanece incerto, dependendo de ajustes nas políticas econômicas e na abertura para a colaboração internacional.
O relacionamento entre bibliotecas e a dinâmica política é uma questão contínua que poderá exigir adaptações significativas nos próximos meses, especialmente à medida que mais instituições revisitam suas abordagens sobre compartilhamento de recursos.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)