
Brasília — InkDesign News — O Brasil registrou importantes avanços na redução da mortalidade por hepatites virais, conforme evidenciado no Boletim Epidemiológico de Hepatites, divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 8 de julho de 2025. Este progresso reflete o impacto positivo da vacinação na saúde pública do país.
Contexto e objetivos
Nos últimos dez anos, o Brasil tem enfrentado um problema de saúde pública significativo relacionado às hepatites virais. A meta do Ministério da Saúde, alinhada às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), é reduzir em 65% a mortalidade e em 90% a incidência dessas doenças até 2030. A população-alvo dessa iniciativa inclui crianças e recém-nascidos, especialmente em relação à hepatite B, com foco na conscientização e na vacinação.
Metodologia e resultados
O boletim analisa os dados de mortalidade por hepatite B e C entre 2014 e 2024. De acordo com o relatório, a taxa de mortalidade pela hepatite B caiu 50%, passando de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes. Para a hepatite C, a redução foi ainda mais significativa, com 60%, reduzindo a mortalidade de uma para 0,4 óbito por 100 mil habitantes. “A OMS preconiza como meta de eliminação, como problema de saúde pública, até 2030 uma queda de 65% na mortalidade, entre 2015 e 2030. Em 2025, nós já estamos atingindo 60%…”, destacou o coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais, Mario Gonzales.
Implicações para a saúde pública
Os dados indicam um impacto positivo na saúde da população brasileira, impulsionado pela melhoria na cobertura vacinal contra a hepatite B, que subiu de 82,7% em 2022 para 94,19% em 2023. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou a importância do trabalho dos profissionais de saúde nas unidades básicas de atendimento. Durante o lançamento da nova plataforma de monitoramento, Gonzales afirmou que a ferramenta permitirá identificar lacunas na eliminação das hepatites virais no país. “Gostaria parabenizar o Ministério da Saúde e do SUS pelos avanços impressionantes na redução da transmissão e mortalidade…”, disse Alex Rosewell, representante da Opas no Brasil.
As recomendações estratégicas incluem a continuação da mobilização em torno do Julho Amarelo, além de campanhas de conscientização sobre a testagem e tratamento das hepatites virais. Estas ações visam não apenas a redução da mortalidade, mas também a erradicação de estigmas relacionados às doenças.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)