Brasília — InkDesign News — O Ministério da Saúde anunciou que o implante contraceptivo conhecido como Implanon será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Esta decisão foi divulgada durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) realizada no dia 2 de outubro de 2023.
Contexto e objetivos
A introdução do Implanon no SUS visa ampliar o acesso a métodos contraceptivos de longa duração, uma medida que se torna essencial no contexto de planejamento familiar e na luta contra a mortalidade materna. Com efeito direto na prevenção de gestações indesejadas, o implante deve ser especialmente benéfico para populações em situação de vulnerabilidade, além de contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU.
Metodologia e resultados
O Implanon é um implante subdérmico que oferece contracepção eficaz por até três anos, necessitando de remoção apenas após esse período. Seu uso requer a inserção e a retirada por profissionais de saúde qualificados, modalidade que será acompanhada por estratégias de formação específicas. A previsão é que 1,8 milhão de dispositivos sejam distribuídos, com 500 mil disponíveis ainda em 2023, e um investimento total estimado em R$ 245 milhões. A saúde pública destaca que, “além de prevenir a gravidez não planejada, o acesso a contraceptivos também contribui para a redução da mortalidade materna” (
“besides preventing unplanned pregnancy, access to contraceptives also contributes to reducing maternal mortality”
(“Além de prevenir a gravidez não planejada, o acesso a contraceptivo também contribui para a redução da mortalidade materna”)— Ministério da Saúde
). Entre os métodos já disponíveis no SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como LARC (Long-Acting Reversible Contraceptives).
Implicações para a saúde pública
A incorporação do Implanon ao SUS representa um avanço significativo na oferta de métodos contraceptivos, especialmente considerando que “os LARC são reversíveis e seguros” (
“LARC are reversible and safe”
(“Os Larc são reversíveis e seguros”)— Ministério da Saúde
). A ação deve ser acompanhada por uma atualização das diretrizes clínicas e pela capacitação de profissionais de saúde, visando garantir a efetividade do programa e a rápida recuperação da fertilidade após a remoção do implante. A análise de dados epidemiológicos demonstrará a eficácia desse método em contextos variados, reforçando a importância de intervenções no acesso a serviços de saúde para mulheres.
Em síntese, a implementação do Implanon no SUS não apenas diversifica as opções contraceptivas disponíveis, mas também realça o compromisso do governo com a saúde reprodutiva e redução das disparidades sociais. As próximas etapas envolverão a supervisão rigorosa do programa e ajustes baseados em evidências emergentes, visando sempre a segurança e bem-estar das usuárias.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)
